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Coronel da PM atrasou chegada de extremistas do 8 de Janeiro à sede da PF em Brasília, diz Cappelli

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Jorge Eduardo Naime teria interceptado os ônibus com manifestantes

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Capelli foi interventor federal após atos do 8/1
Capelli foi interventor federal após atos do 8/1 Capelli foi interventor federal após atos do 8/1 (Isaac Amorim/MJSP)

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou nesta terça-feira (9) que o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal coronel Jorge Eduardo Naime ordenou, na manhã seguinte aos atos de 8 de janeiro do ano passado, que os ônibus com os extremistas presos parassem no meio do caminho em direção à sede da Polícia Federal em Brasília.

"O coronel Jorge Naime havia mandado os ônibus pararem no meio do caminho. Meu enfrentamento com ele foi um dos momentos emblemáticos", disse Capelli em postagem nas redes sociais.

O policial militar está preso no 19º Batalhão da Polícia Militar, localizado no Complexo da Papuda, desde 7 de fevereiro. O R7 tenta contato com a defesa, e o espaço permanece aberto.

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Naime está detido por suposta omissão no episódio dos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. O coronel era o responsável pelo planejamento das operações quando manifestantes invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

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Nos depoimentos prestados à CPI da Câmara Legislativa do DF e à CPMI, o militar afirmou que a corporação não recebeu dados da gravidade das manifestações na Praça dos Três Poderes.

Segundo ele, às 10h de 8 de janeiro de 2023, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tinha informações detalhadas sobre as manifestações, mas que "as providências não foram tomadas".

Saiba mais: Falhas da Abin e 'máfia do Pix'; veja principais pontos do depoimento do ex-chefe da PMDF na CPMI

"Ou as agências de informação não passaram isso para o secretário nem para o comando geral, ou passaram e eles ficaram inertes, não tomaram providências, porque eles tiveram cinco horas para tomar providência a partir do momento em que receberam a informação", afirmou ao colegiado.

Naime assumiu a chefia do Departamento Operacional da Polícia Militar após 28 anos na corporação. Ele foi exonerado do cargo em 10 de janeiro do ano passado, após Cappelli assumir a responsabilidade de restabelecer a ordem na capital federal.

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