Cotado para ministro da Saúde, David Uip recusa convite para integrar equipe de transição
O nome do infectologista chegou a ser anunciado como parte da coordenação temática de saúde, mas ele recusou a proposta
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O médico David Uip, secretário de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Estado de São Paulo, recusou o convite da equipe de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para fazer parte do grupo temático sobre saúde durante a transição. O infectologista é cotado para assumir o Ministério da Saúde a partir de 2023.
A decisão foi comunicada em nota enviada nesta quarta-feira (9) ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), que lidera a transição do Governo Federal. Na justificativa, Uip disse que se sentiu honrado com o convite, mas que vai se dedicar a assuntos pessoais e familiares no momento.
Apesar disso, o médico se comprometeu a contribuir com a equipe de transição, dando informações sobre projetos que ele coordenou em São Paulo e que, na sua visão, poderiam ser implementados nacionalmente.
Em 28 de outubro, o médico se desfiliou do PSDB após 27 anos no partido. Ele também alegou questões pessoais para a desfiliação e disse que considera que sua missão no partido foi cumprida.
Grupo temático da saúde
Na terça-feira (8), Geraldo Alckmin chegou a anunciar David Uip como parte do grupo que cuidará da temática da saúde. A equipe será coordenada pelo senador Humberto Costa (PT-CE) e também terá a participação dos ex-ministros Arthur Chioro e José Gomes Temporão e do deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP). Nos próximos dias, deve ser anunciado um novo nome para o lugar do infectologista.
Mais cedo, Humberto Costa defendeu uma atualização do programa Mais Médicos e destacou a possibilidade, avaliada pela equipe, de se condicionarem benefícios sociais a vacinas e exames médicos.
"Nossa ideia é ter uma ação articulada com a área de assistência social, para que os benefícios de transferência de renda voltem a ter a essa vinculação com a consulta de gestantes e com o cartão de vacinação das crianças", explicou.