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CPI chega à reta final com divergências e novo calendário

Durante o fim de semana, mal-estar na cúpula da CPI fez com que a leitura e a votação de relatório final fossem adiadas

Brasília|Isabella Macedo, do R7, em Brasília


Omar Aziz determinou adiamento de votação do relatório de Renan Calheiros
Omar Aziz determinou adiamento de votação do relatório de Renan Calheiros

Após quase seis meses em atividade, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 entra na reta final com audiência pública ouvindo familiares de vítimas e leitura do relatório. Uma mudança no calendário foi anunciada neste domingo (17), e adiou o fim dos trabalhos para a próxima terça-feira (26), com a votação do relatório elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). A leitura será na quarta (20).

Nesta segunda (18), os senadores realizam uma audiência pública com sobreviventes e familiares de pessoas que morreram em decorrência da Covid. O encontro também passou por mudanças no fim de semana, já que a previsão inicial era que hoje fosse ouvido Nelson Mussolini, representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS) na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS (Conitec).

O depoimento foi aprovado na última sexta-feira (15), quando a comissão realizou uma breve reunião para decidir a pauta desta semana. Apesar de terem aprovado cinco convocações, os senadores haviam decidido que apenas Mussolini falaria. O objetivo era esclarecer as razões políticas que levaram ao adiamento da votação do parecer contra o chamado “kit Covid” em reunião da Conitec, no início deste mês.

Durante o fim de semana, outro convocado, Elton Chaves, representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) na Conitec, também foi incluído para o depoimento desta segunda. No domingo (17), contudo, o calendário da CPI passou por nova alteração, com adiamentos e desconforto na cúpula da comissão.

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Desentendimentos em relação a alguns pontos do relatório e notícias veiculadas na imprensa levaram o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), a adiar a leitura e votação do parecer a ser apresentado à comissão.

Ao R7 neste domingo, Aziz afirmou que “ficaria muito em cima da hora votar [o relatório final] um dia depois da leitura”, e, para preservar a segurança jurídica, a votação seria adiada. Calheiros, por sua vez, disse que o adiamento seria benéfico para esclarecer alguns pontos. “O relatório não é do relator, é da comissão. Da minha parte, acho bom para pacificar alguns pontos divergentes”, afirmou ao R7 na tarde de domingo.

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Ao longo do domingo, o novo calendário estabeleceu a audiência pública com vítimas da Covid-19 nesta segunda. A oitiva de Elton Chaves, representante do Conasems na Conitec, foi remarcada para terça-feira. A leitura do relatório ficou para quarta-feira (20), com uma semana para que os integrantes da comissão analisem com calma o texto.

Aziz, contudo, já apontou que discorda da responsabilização de algumas pessoas e da imputação de genocídio da população indígena ao presidente Jair Bolsonaro como um dos 11 crimes dos quais Calheiros deve pedir a responsabilização do presidente.

A partir de agora, os senadores devem tentar apaziguar os ânimos e pacificar pontos divergentes para demonstrar união nas conclusões a serem apresentadas no relatório de Renan Calheiros. O prazo final de funcionamento da comissão é 4 de novembro.

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