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CPI da Manipulação no Futebol ouve o jogador Luiz Henrique, do Real Betis da Espanha

O atleta e Lucas Paquetá, meia da seleção brasileira, estariam supostamente envolvidos em um esquema de apostas casadas

Brasília|Camila Costa, do R7, em Brasília

CPI vai ouvir o jogador Luiz Henrique
CPI vai ouvir o jogador Luiz Henrique CPI vai ouvir o jogador Luiz Henrique

Os deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a manipulação de resultados em jogos de futebol se reúnem nesta terça-feira (19), a partir das 14h, para ouvir o jogador Luiz Henrique, do Real Betis, da Espanha. De acordo com o requerimento de convocação do atleta, Luiz Henrique e Lucas Paquetá, que atualmente joga no West Ham, clube da Inglaterra, estariam supostamente envolvidos em um esquema de apostas casadas.

Autor do pedido de convocação, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) afirma no texto do requerimento que Lucas Paquetá está sendo investigado por suspeita de envolvimento em um esquema de apostas. A investigação teria se iniciado a partir de um volume de apostas casadas em dois jogos realizados no mesmo dia: um no Campeonato Inglês e outro no Campeonato Espanhol.

A aposta casada previa que Lucas Paquetá seria punido com um cartão amarelo no jogo entre o West Ham e o Aston Villa, válido pela Premier League, e que o jogador Luiz Henrique, do Real Betis, da Espanha, também seria advertido com a mesma penalidade na partida entre seu clube e o Villareal, válida por La Liga. Os dois jogadores receberam cartões amarelos.

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Meia da seleção brasileira, Lucas Paquetá está sendo investigado pela federação inglesa de futebol (FA – The Football Association) por suposta violação das regras que envolvem apostas esportivas. A informação foi dada pelo jornal britânico Daily Mail, em 18 de agosto.

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Os parlamentares da CPI também pretendem ouvir representantes e sócios de empresas acusadas de monopólio em contratos com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Conmebol.

Entenda

O futebol e as plataformas de apostas estão no cerne de debates que envolvem manipulação de resultados, regulação de palpites e patrocínio dessas empresas a grandes clubes. A regulamentação de sites de apostas esportivas tem sido discutida no Legislativo, e o governo federal pretende editar uma medida provisória para tratar do tema, com possibilidade de diminuir o lucro dessas plataformas.

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O assunto ganhou destaque a partir de uma operação do Ministério Público de Goiás (MPGO), em fevereiro. A segunda fase da Penalidade Máxima, em abril, mirou um grupo sob suspeita de ter manipulado resultados de jogos das séries A e B do Brasileirão e de campeonatos estaduais, entre 2022 e 2023.

Em abril, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão, em 16 municípios de vários estados — Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana de Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).

As investigações do MPGO mostraram que os suspeitos coagiram jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil àqueles que cumprissem eventos previamente determinados nas partidas. Derrota no primeiro tempo, número de escanteios e de cartões, por exemplo, poderiam render até R$ 100 mil ao jogador participante do esquema.

A princípio, a suspeita era que o grupo tivesse atuado em ao menos 13 jogos, das séries A e B do Brasileirão de 2022 e dos campeonatos Paulista e Gaúcho de 2023. Os jogadores envolvidos poderiam receber até R$ 100 mil.

A Justiça de Goiás aceitou a denúncia e tornou rés, ao todo, mais de 20 pessoas envolvidas no esquema — ao menos sete jogadores e nove apostadores. A denúncia foi enviada pelo MPGO ao Tribunal de Justiça de Goiás. A CBF, contudo, não vai suspender o Brasileirão.

Na denúncia, o MP de Goiás também pediu que todos os denunciados paguem, em grupo, um valor mínimo de R$ 2 milhões para reparar o dano moral coletivo. "O parâmetro utilizado para a definição do valor refere-se a uma das expectativas de lucro do grupo criminoso com a utilização de dezenas de contas que foram empregadas nas apostas manipuladas descritas na denúncia", afirmou o órgão.

Em 10 de maio, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou à Polícia Federal a abertura de um inquérito sobre a chamada máfia das apostas.

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