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CPI ouve Marconny após médico voltar atrás em atestado

Apontado como lobista da Precisa Medicamentos, Albernaz tinha apresentado dispensa de 20 dias

Brasília|Isabella Macedo, do R7, em Brasília

(Leopoldo Silva/Leopoldo Silva/Agência Senado)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouvirá, nesta quinta (2/9), o depoimento do advogado Marconny Albernaz de Faria, que é apontado como lobista junto ao Ministério da Saúde em favor da Precisa Medicamentos. A empresa é um dos focos da CPI por seu contrato bilionário com a pasta para a compra da vacina indiana Covaxin.

O depoimento de Albernaz inicialmente tinha sido adiado após o advogado apresentar um atestado médico de 20 dias à comissão, alegando estar internado no hospital Sírio Libanês, em Brasília, e não poder comparecer ao Senado. Os parlamentares consideraram o longo atestado suspeito e pediram para entrar em contato com o hospital para confirmar a internação de Albernaz.

Com a dúvida levantada pelos senadores, o diretor do hospital entrou em contato com o presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM). Aziz atendeu a ligação do hospital durante a reunião da CPI e comunicou aos colegas que um boletim médico seria enviado.

Pouco após o encerramento da reunião, no início da noite de quarta-feira (1/9), o médico que tinha assinado o atestado falou com os senadores para cancelar a dispensa médica. Segundo o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), o profissional que concedeu o atestado a Albernaz disse ter notado uma “simulação” por parte do paciente, e por isso desejava cancelar o documento. Pouco antes, Aziz havia afirmado que o longo atestado de do advogado era apenas uma tentativa para “fugir” da comissão.

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A convocação de Albernaz foi mantida para esta quinta após a comunicação do médico. Os senadores querem esclarecer qual era a relação do advogado para a Precisa e sua atuação dentro do Ministério da Saúde. Albernaz é um dos participantes de um jantar realizado na casa da advogada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Karina Kufa, em que o ex-secretário-executivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana teria conhecido Albernaz.

Santana também é apontado como lobista da Precisa dentro da pasta por sua proximidade com Roberto Ferreira Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do ministério. Em um áudio enviado por Santana a Albernaz e reproduzido durante o depoimento dele, Santana dizia ter conversado durante muitas horas com a médica Nise Yamaguchi para elaborar uma apresentação a Bolsonaro e afirmando que Marconny seria importante para colocar o plano de pé.

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