Criminoso chama moradora do DF de 'trouxa' e 'monga' ao tentar aplicar golpe online; veja conversa
Delegado alerta que criminosos se adaptam às tecnologias mais recentes para alcançar número maior de vítimas
Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
Uma moradora do Distrito Federal foi supreendida ao ser chamada de "trouxa" e "monga" por um criminoso que tentava aplicar um golpe em uma rede social (veja a conversa completa abaixo). O perfil se passava por um famoso restaurante da Chapada dos Veadeiros, a 220 km de Brasília, e prometia um jantar gratuito ou R$ 500 reais pelo Pix. A jornalista de 37 anos bloqueou a página e avisou o estabelecimento após receber os xingamentos.
A mulher conta que conferiu a página do restaurante e percebeu um erro de português no texto do golpista. Ela resolveu conversar com o ele para ver o que seria dito. "Eu ia continuar a conversar com ele, ia ficar discutindo mais tempo, mas resolvi bloquear com medo dos meus dados e minha página serem roubados", explicou.
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Procurado, o estabelecimento ainda não retornou o contato da reportagem.
Segundo o delegado Eduardo Dal Fabbro, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos do DF, os criminosos sempre estão se atualizando para alcançar um número maior de vítimas e dificultar a ação da polícia. Ele destaca a ação da jornalista de confirmar as informações nos canais institucionais da empresa. "É preciso desconfiar sempre de mensagens ou telefonemas inesperados, especialmente aqueles que solicitam informações pessoais, financeiras ou senhas", recomenda.
Outra ação que a jornalista adotou é a de evitar clicar em links sem conferir a origem. "Eles podem ser falsos ou levar a sites maliciosos", explica Dal Fabbro.
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O delegado afirma que a investigação relacionada à fraude é desafiadora, principalmente na localização dos criminosos. "Muitos desses golpes são perpetrados por organizações criminosas especializadas de âmbito nacional, o que complica ainda mais a cooperação entre as diferentes unidades da federação", afirmou.
Quem estiver passando por uma situação semelhante pode registrar boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou ligar no 197, o disque-denúncia da Polícia Civil.