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R7 Brasília

Cúpula da CPI decide tirar genocídio do relatório final

Senadores do G7 se reuniram na noite de terça para discutir a tipificação dos crimes, sobretudo os relacionados a Bolsonaro

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto e Kelly Almeida, do R7, em Brasília

Relatório final será lido amanhã
Relatório final será lido amanhã

Os senadores da cúpula da CPI da Pandemia decidiram na noite desta terça-feira (19) retirar o crime de genocídio de indígenas do relatório final do senador Renan Calheiros (MDB-AL). Os senadores se reuniram na casa do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), em Brasília. Na pauta do encontro, estava o relatório de Renan Calheiros que será lido nesta quarta-feira (20) na CPI. 

Segundo o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), os senadores discutiram no encontro a tipificação dos crimes, especialmente os que teriam sido cometidos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, de forma a votar o relatório do senador Renan Calheiros de maneira unificada. Ele disse ainda que "não havia consenso na questão do genocidio," e que "os votos em separado devem ser apresentados e lidos no dia 26." 

Omar Aziz disse após a reunião que a retirada da questão do genocídio do relatório foi uma boa atitude. "O senador Renan ouviu argumentação de todos. Desde ontem eu falei que vou votar no relatório do senador Renan." De acordo com Aziz, as tipificações em relação a Bolsonaro contidas no relatório, como crimes contra a humanidade, poderão ser enviadas ao tribunal internacional. "Alguns outros crimes que eu vi ali que somados dão mais de cem anos de condenação", calculou. "O relatório, se todas as ações e os indícios que a Justiça vai analisar e penalizar, nós vamos estar fazendo justiça", completou. "O mais importante pra mim dessa reunião é que a gente saiu unificado", concuiu o senador. Ainda segundo Azis, foi retirado também do relatório o crime de advocacia administrativa do Senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). 

O relatório incluirá também Wagner Rosário, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho, Walter Braga Netto, ministro da Defesa e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.

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