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R7 Brasília

Cúpula social do G20 defende taxação progressiva dos super-ricos e proteção da democracia

Documento também pede reconhecimento do direito dos povos em controlar sua produção e distribuição de alimentos

Brasília|Do Estadão Conteúdo

Reunião final aconteceu neste sábado Tomaz Silva/Agência Brasil - Arquivo

Durante a reunião final do G20 Social, que aconteceu neste sábado (16), no Rio de Janeiro, a cúpula divulgou um documento que defende a taxação progressiva dos super-ricos para fundos nacionais e internacionais de financiamento de políticas públicas e menciona a extrema direita. O material reforça que é preciso proteger a democracia da desinformação.

“A democracia está em risco quando forças de extrema direita promovem desinformação, discursos totalitários e autoritários”, relata trecho do documento. Ao longo do material, é reforçada a importância da participação social para defesa da democracia.

Segundo o texto, a transparência e comunicação asseguram uma governança inclusiva, legítima e eficaz. Alguns trechos podem estar associados a falta de regulamentação das redes sociais, que servem como plataforma para propagação de notícias falsas e discursos de ódio.

O documento também reproduz a trilha de finanças do G20, que foi assinada pela presidência brasileira e pede a taxação de grandes fortunas em escala global.


Outros temas abordados

A carta também pede reconhecimento do direito dos povos em controlar sua produção e distribuição de alimentos. Além disso, o documento cita a necessidade de formalização do mercado de trabalho e combate ao trabalho escravo e infantil, tráfico humano e outras formas de exploração da mão de obra.

Ao abordar questões climáticas, o G20 Social aponta que há um “descompromisso de países desenvolvidos e suas elites” com as mudanças no planeta e aquecimento global e solicita a substituição do modelo de produção baseado em combustíveis fósseis por produtos de baixo carbono.


No fim do trecho, o documento sugere a criação do Fundo Floresta Tropical para Sempre (TFFF) para financiar proteção internacional de florestas e “inclusão socioprodutiva” das suas populações.

Reforma da ONU

Por fim, o documento discute uma reforma na Organização das Nações Unidas (ONU) e afirma que o atual modelo é incapaz de manter a paz.

A sugestão do G20 Social é que as instituições internacionais passem a refletir a “realidade geopolítica contemporânea”, com promoção do multilateralismo e ampliação da participação dos países do Sul Global em fóruns decisórios. O texto também replica os interesses do governo brasileiro em modificar, por exemplo, a dinâmica do Conselho de Segurança da ONU.

Na próxima segunda-feira (18) e terça-feira (19), o G20 realiza a Cúpula de Chefes de Estado do Bloco.

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