Uma apresentação de dança durante o 1º Encontro de Mobilização da Promoção da Saúde no Brasil, que acontece em Brasília até esta sexta-feira (6), causou a indignação de opositores ao governo. O vídeo foi gravado na quinta-feira (5) e mostra uma mulher dançando em cima do palco, enquanto uma pessoa canta uma música em ritmo de funk.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que a situação retrata uma ideologia. “É um seminário de Atenção Primária do Ministério da Saúde!!! Atenção primária é isso aí? É isso que salva vidas num sistema que a OMS colocou em 125º lugar? O cupim identitário está corroendo o governo por dentro. E o Brasil real vê chocado tudo isso”, disse ele em uma rede social.
Deputado pelo PL, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) apresentou um requerimento para que a ministra da Saúde,Nísia Trindade, preste esclarecimentos sobre o encontro. O documento pede à pasta que informe o custo total do evento, além de nomes e matrículas dos funcionários e servidores envolvidos em sua organização.
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O encontro, realizado pela Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, começou na quarta-feira (4). O objetivo é apoiar a implementação e a gestão participativa da Política Nacional de Promoção da Saúde a partir do compartilhamento de experiências e da ampliação do diálogo entre gestores e trabalhadores de diversos estados, com momentos dedicados à diversidade cultural.
No canal do DataSUS, pelo qual o evento está sendo transmitido ao vivo, o R7 não encontrou registros da dança. O vídeo que circula nas redes sociais com a performance é um recorte de um dos momentos do evento.
Segundo o Ministério da Saúde, a programação do encontro contou com a participação de sete grupos artísticos durante os intervalos, e a apresentação em questão "surpreendeu". A pasta a definiu como "coreografia inapropriada". "O Ministério da Saúde lamenta pelo episódio isolado, que não reflete a política da Secretaria e nem os propósitos do debate sobre a promoção à saúde realizados no encontro, e adotará medidas para que não aconteça novamente", disse o órgão por meio de nota.