Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Decisão dos EUA de tarifar Brasil foi política e economicamente errada, diz Haddad

Segundo Haddad, Estados Unidos começaram a reconhecer que a decisão de sobretaxar o Brasil foi equivocada

Brasília|Do Estadão Conteúdo

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Haddad critica a decisão dos EUA de sobretaxar produtos brasileiros como errada.
  • Ministro menciona que os EUA estão arremessando as consequências negativas da tarifação.
  • O diálogo entre Lula e Trump pode abrir espaço para parcerias econômicas.
  • Brasil se mostra preparado para enfrentar desafios globais e retomar relações internacionais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Fernando Haddad
EUA tomaram decisão equivocada ao taxar Brasil, segundo Haddad Diogo Zacarias/MF - 17.9.2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os Estados Unidos começam a reconhecer que a decisão de sobretaxar o Brasil foi equivocada. Haddad participou nesta terça-feira (23) do Congresso de Direito Tributário do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), na companhia do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.

Haddad lembrou que, em maio, disse ao secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que era a primeira vez que via uma região deficitária na relação com os EUA (a América do Sul) ser tributada, em meio às primeiras tarifas anunciadas pelo governo americano, de 10%.


leia mais

“Dois meses depois, alguém deu a brilhante ideia de ele [Donald Trump] tarifar em mais 40% os produtos brasileiros, e agora eles [os americanos] estão colhendo os frutos dessa decisão, pagando caro o café, pagando caro a carne, pagando caro os produtos brasileiros”, afirmou.

“Começaram a excepcionalizar a decisão que tomaram, porque foi uma decisão não só politicamente errada, mas também economicamente errada. Foi uma decisão que não para em pé”, criticou.


O auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda fez referência ao encontro que o petista teve hoje em Nova York com Donald Trump, por ocasião da sessão de abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

“Agora, o companheiro Trump parece que gostou do companheiro Lula, teve uma química, e vai começar a conversar, e falar de coisas que realmente importam, que é integração econômica, investimentos mútuos, parcerias”, completou.


Haddad ainda disse que a reforma tributária veio “em boa hora”, antes do tarifaço de Trump.

“Como que por premonição de que alguma coisa muito ruim podia acontecer, e aconteceu”, disse.


Segundo ele, o Brasil está em condições de enfrentar os novos desafios globais e sentar à mesa com qualquer grande player internacional. Haddad citou “excelentes relações” com a Ásia, a proximidade de um “grande acordo” com a União Europeia e o Mercosul e a retomada do diálogo com os países da África.

“Nós estávamos em discussão para alinhar investimentos estratégicos no campo da transformação ecológica entre o Brasil e os Estados Unidos, isso infelizmente tem que ser resgatado porque foi interrompido, mas quero crer que as iniciativas brasileiras vão aproximar os dois países”, finalizou.

Perguntas e Respostas

Qual foi a opinião do ministro Fernando Haddad sobre a decisão dos EUA de tarifar o Brasil?

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que os Estados Unidos começaram a reconhecer que a decisão de sobretaxar o Brasil foi equivocada. Ele participou de um congresso onde criticou a medida, destacando que foi uma decisão não apenas politicamente errada, mas também economicamente errada.

O que Haddad mencionou sobre as tarifas impostas pelos EUA?

Haddad lembrou que, em maio, comentou com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que era a primeira vez que uma região deficitária na relação com os EUA, como a América do Sul, estava sendo tributada. Ele citou que, após a imposição de tarifas de 10%, Donald Trump decidiu aumentar a tarifa para 40% sobre produtos brasileiros, resultando em altos preços para itens como café e carne nos Estados Unidos.

Como Haddad se referiu ao encontro entre Lula e Trump?

Haddad mencionou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve um encontro com Donald Trump em Nova York durante a abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU. Ele observou que parece haver uma boa química entre eles e que isso pode levar a conversas sobre integração econômica e parcerias.

Qual a perspectiva de Haddad sobre a reforma tributária?

Haddad destacou que a reforma tributária chegou em um momento oportuno, antes das tarifas impostas por Trump, sugerindo que havia uma premonição de que algo ruim poderia acontecer, o que de fato ocorreu.

Como o Brasil está se posicionando diante dos desafios globais, segundo Haddad?

Haddad afirmou que o Brasil está preparado para enfrentar novos desafios globais e se sentar à mesa com grandes players internacionais. Ele mencionou boas relações com a Ásia, a proximidade de um grande acordo com a União Europeia e o Mercosul, além da retomada do diálogo com países da África.

O que Haddad disse sobre a transformação ecológica entre Brasil e EUA?

Haddad comentou que havia discussões para alinhar investimentos estratégicos na transformação ecológica entre Brasil e Estados Unidos, mas que essas iniciativas foram interrompidas. Ele expressou a esperança de que as iniciativas brasileiras possam aproximar os dois países novamente.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.