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Trama golpista: defesas sustentam falta de evidências para condenar réus

Até o momento foram ouvidas as defesas de Ailton Barros, Angelo Denicoli e de Carlos Rocha

Brasília|Bruna Pauxis, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Iniciou o julgamento do Núcleo 4 da trama golpista do 8 de Janeiro no STF.
  • Defesas argumentam falta de provas para condenar Ailton Barros, Angelo Denicoli e Carlos Rocha.
  • Advogados ressaltam que não há evidências que comprovem ligações com atividades golpistas.
  • Julgamento continua com novas defesas agendadas para esta semana e na próxima.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Durante a manhã foram ouvidas as defesas de três dos sete acusados Rosinei Coutinho/STF

Nesta terça-feira (14), teve início o julgamento do Núcleo 4 da trama golpista do 8 de Janeiro. No STF (Supremo Tribunal Federal), as defesas do ex-major do Exército Ailton Barros, do major da reserva Angelo Denicoli e do presidente do IVL (Instituto Voto Legal), Carlos Rocha, argumentaram que não há provas suficientes para a condenação dos acusados.

O defensor público Gustavo Zortea, que atua em favor de Ailton Moraes Barros, ex-major do Exército, afirmou que as acusações contra ele concretizam um caso de “penumbra probatória”. Segundo o advogado, não existe comprovação de que o réu tenha coordenado campanhas ofensivas contra comandantes militares e outras autoridades que resistiam ao golpe de Estado.


“Aliás, está-se bastante distante dessa comprovação segura que é exigida para a expedição de um decreto condenatório”, reiterou Zortea.

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Por sua vez, o advogado Zoser Plata, defensor do major da reserva do Exército Ângelo Denicoli, sustentou que não há, nos autos, documentos que comprovem, de fato, a ligação do militar ao deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado por tentativa de golpe.


Plata afirmou, ainda, que Denicoli não tinha conhecimento da minuta de decreto discutida nem tinha vinculação com pessoas envolvidas na instalação do acampamento em frente ao QG (Quartel General do Exército). “O que não está nos autos não está no mundo”, pontuou Plata.

Um ponto levantado por Plata é que Denicoli não poderia ter se envolvido na live feita em 4 de novembro de 2022, como aponta a denúncia contra o major, visto que o réu só teria acessado o conteúdo da pasta dias após o evento. “Se o acesso fosse antes, aí teria uma certa lógica esse raciocínio”, ponderou o advogado, insistindo que “prints de internet não configuram provas”.


Já Melilo Dinis, advogado do presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, defendeu que conectar o engenheiro a uma organização criminosa é uma tentativa “arbitrária e que não se sustenta”.

“Não há nenhuma prova objetiva, subjetiva, muito menos individualizada contra Carlos Rocha”, afirmou Dinis. Ele acrescentou que a única reunião que Rocha teve com Denicoli foi realizada com “um monte de gente” e destinava-se a tirar dúvidas sobre o trabalho do IVL.


“Atribuir uma conduta dolosa a partir de uma reunião e participação em organização criminosa dentro desse contexto me parece algo exagerado”, opinou Dinis, que contou que o presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar da Costa Neto, afirmou em juízo que o trabalho de Carlos Rocha foi “exclusivamente técnico” e que “eventuais declarações de caráter político” foram de responsabilidade pessoal do ex-deputado.

Ainda nesta terça-feira, durante a tarde, a expectativa é que sejam ouvidas as defesas do subtenente do Exército Giancarlo Rodrigues, do tenente-coronel do Exército Guilherme Almeida, do agente da Polícia Federal Marcelo Bormevet e do coronel do Exército Reginaldo Abreu. O julgamento continua nesta quarta-feira (15) e retoma na semana que vem, nos dias 21 e 22.

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