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Delação premiada de ex-PM sobre morte de Marielle levou a nova prisão, afirma Dino

Preso desde 2019, Élcio Queiroz revelou detalhes do crime; PF prendeu ex-bombeiro suspeito de envolvimento no assassinato

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Em entrevista, Flávio Dino fala sobre o caso Marielle
Em entrevista, Flávio Dino fala sobre o caso Marielle

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (24) que Élcio Queiroz, um dos presos acusados pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, fez uma delação premiada à Justiça. Mais cedo, a Polícia Federal prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, em mais uma fase de avanço na investigação do caso. Além do mandado de prisão preventiva, os agentes cumprem sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.

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"Ele [Élcio] revelou a participação de um terceiro indivíduo, que é o Maxwell, e confirmou a participação dele próprio e do Ronnie Lessa. Com isso, temos o fechamento de uma fase da investigação, com a conclusão de tudo o que aconteceu no crime", afirmou Dino.

Segundo ele, há as provas que mostram uma “forte vinculação” dos homicídios com a atuação das milícias e do crime organizado no Rio de Janeiro. Além disso, o ministro disse que não tem dúvida de que houve participação de outras pessoas no crime. "Isso é indiscutível", enfatizou.

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Participação de Maxwell no crime

O diretor da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que o ex-bombeiro teria tido participação na vigilância e acompanhamento da vereadora. "Além disso, ele foi o responsável por ocultar provas do crime", disse, em referência ao desmonte do carro utilizado no atentado.

A vereadora foi assassinada na noite de 14 de março de 2018, junto com o motorista Anderson Gomes. O carro em que Marielle estava — e que era conduzido por Anderson — foi alvejado por 13 tiros.

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Na época, foram divulgadas imagens que mostram o carro em que Marielle se encontrava na noite do assassinato sendo seguido por um veículo. O carro da vereadora circulou por cerca de 4 quilômetros até ser alvejado no momento do atentado.

O sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, acusados do crime, estão presos. Segundo o Ministério Público, Lessa é o autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson. Já Élcio é apontado como o motorista do veículo Chevrolet Cobalt usado no assassinato. No entanto, o mandante ainda é desconhecido.

'Desvendar assassinato é questão de honra do Estado brasileiro'

Ao tomar posse no cargo, em 2 de janeiro, Dino prometeu atuar para desvendar o assassinato da vereadora e disse que era "questão de honra do Estado brasileiro" descobrir quem foi o mandante do crime. "Nós saberemos quem matou e quem mandou matar Marielle Franco", afirmou na ocasião.

Nos meses seguintes, ele trocou o comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro, pondo à frente da superintendência o delegado Leandro Almada da Costa, que investigou o caso.

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