No dia seguinte ao da cassação de seu mandato de deputado federal por decisão unânime do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Deltan Dallagnol (Podemos-PR) voltou ao gabinete 739, que ocupa no anexo 4 da Câmara dos Deputados. Os ministros do TSE entenderam que o ex-procurador da Lava Jato pediu a exoneração do cargo no Ministério Público para fugir de um julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que poderia impedi-lo de concorrer às eleições de 2022. O parlamentar cassado deve desocupar a sala ainda nesta quarta-feira (17).
Ao chegar à sala, Deltan foi parado por funcionários de outros gabinetes e chegou a agradecer aos colegas pela solidariedade. Ele divide o corredor do 7º andar com as equipes de parlamentares do Podemos, do União Brasil, do Cidadania, do PT, do PSD, do MDB, do PP e do PDT.
Nas redes sociais, ainda na noite de terça-feira (16), Dallagnol se manifestou e disse que o sentimento em relação à decisão do TSE é de “indignação”.
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“344.917 mil vozes paranaenses e de milhões de brasileiros foram caladas nesta noite com uma única canetada, ao arrepio da lei e da Justiça. Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil”, postou.
Um pronunciamento oficial do deputado está marcado para acontecer às 16h desta quarta-feira. Até lá, ele fica reunido com assessores. O Podemos também reagiu ao caso e lamentou a decisão da corte eleitoral. O partido também afirmou que vai recorrer da decisão.
“O Podemos se solidariza com o parlamentar e não poupará esforços na avaliação de medidas que ainda podem ser tomadas pela defesa de Dallagnol”, comunicou.