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R7 Brasília

Dengue: DF recolheu 1 milhão de toneladas de lixo em 2024 e monitora 200 pontos críticos

Dados foram divulgados nesta terça; governadora em exercício pediu ajuda da população no combate à doença

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

GDF monitora 200 pontos críticos de descarte irregular de lixo Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília -

O governo do Distrito Federal recolheu em 2024 um milhão de toneladas de lixo de descarte irregular, realizou 21 mil ações fiscais e aplicou R$ 4 milhões em multas para pessoas reincidentes na prática. A ação foi realizada principalmente em combate à dengue, que causou 440 mortes apenas na capital do país. Em todo o Brasil, foram pelo menos 6 mil vidas perdidas para a doença — outros 900 óbitos ainda estão em investigação.

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Mesmo com essas estratégias, em entrevista coletiva nesta terça-feira (7), a governadora em exercício, Celina Leão, pediu apoio dos moradores no combate à dengue e destacou o papel fundamental da população.

“Apesar de termos um panorama diferente do ano passado, não podemos recuar um centímetro nas ações de combate a dengue. O que pedimos é que as pessoas continuem vigilantes. O foco da dengue continua sendo dentro das residências, e nesse momento de chuvas temos que ter uma atenção redobrada, principalmente sobre o descarte de lixo”, disse.

Celina explicou que este ano foi registrado redução no número de casos prováveis de dengue.


“Tivemos uma redução de 97% no número de casos de dengue na primeira semana deste ano se comparado ao mesmo período de 2024. Ou seja, tivemos um surto de epidemia no ano passado, que foi enfrentado de forma concentrada pelo governo, com mais de 400 mil atendimentos na rede de saúde”, disse.

O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, detalhou que foram notificados 711 casos prováveis de dengue na primeira semana de 2023; 8,2 mil na primeira semana de 2024; enquanto a primeira semana deste ano apresentou notificação de 196 casos. “O número de casos e o perfil da doença esse ano está diferente da do ano passado, e isso é fruto das ações desenvolvidas ao longo do ano, para que a gente pudesse minimizar os impactos da dengue”, afirmou.


Melhorias realizadas

Gustavo Rocha acrescentou que, para combater os casos de dengue, o GDF realizou uma série de estratégias. “Ano passado tínhamos 415 AVAS (Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde), esse ano temos 915. Os ACSs (Agentes Comunitários de Saúde) também subiram de 800 para 1,2 mil”, listou.

Rocha disse que o governo também está investindo em tecnologia e em armadilhas. “Hoje temos quase 6 mil armadilhas instaladas. Mas as pessoas precisam se conscientizar que parte do combate da dengue é feito pela população, o poder público não consegue sozinho”, declarou.


Uma das armadilhas são as chamadas ovitrampa, que ajudam a controlar a população do mosquito. A ovitrampa é um pequeno balde com água e uma substância atrativa para o mosquito, além de uma palheta de madeira que facilita que a fêmea deposite os ovos. Logo depois, o material é recolhido para impedir a proliferação do Aedes aegypti.

O secretário da Casa Civil reforçou, ainda, que o decreto que permite a fiscalização em imóveis fechados continua em vigor. “Podemos entrar em locais que tenham de alguma forma um foco suspeito de dengue. E isso será aplicado com muito rigor de novo este ano”, finalizou.

Plano de contingência

Sobre as projeções de casos para este ano, Rocha disse que o governo já criou um plano de contingência. “A gente se preparou. Não esperamos um cenário igual ao do ano passado, mas nos preparamos para o pior cenário possível. E já temos um plano de contingência, com escala de maior risco, que prevê as ações a serem adotadas em cada estágio”, explicou.


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