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DF decreta 'emergência ambiental' durante período de seca

Medida publicada no DODF tem o objetivo de prevenir e combater ocorrências e efeitos das queimadas entre março e novembro

Brasília|Lucas Nanini, do R7, em Brasília

Bombeiro combate incêndio florestal no DF
Bombeiro combate incêndio florestal no DF

O Distrito Federal começou o mês de março em estado de emergência ambiental. A medida segue até novembro deste ano, em razão do período de seca. O objetivo do governo é “prevenir e minimizar as ocorrências e os efeitos dos incêndios florestais".

Pelo decreto publicado nesta sexta-feira (4) no Diário Oficial do DF, os órgãos que integram o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do DF deverão adotar as medidas necessárias para prevenir e combater focos de queimadas. Fazem parte desse grupo a Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente), a Secretaria de Saúde, o Ibram (Brasília Ambiental), a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Novacap, entre outras entidades distritais e federais.

O programa tem como objetivo proteger o Cerrado, estruturando ações de prevenção e combate a incêndios, integrar e articular instituições parceiras para essas atividades e também planejar e executar iniciativas para a redução de áreas queimadas.

O R7 procurou a secretaria para obter mais detalhes sobre o que muda com a entrada em vigor do decreto, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto para que a pasta se manifeste.


Incêndio em área florestal no DF
Incêndio em área florestal no DF

Em 2021, o investimento no controle do fogo pelo governo do DF foi de R$ 4 milhões – R$ 1 milhão a mais do que em 2020. A prioridade é o combate direto às chamas – quanto antes forem identificadas e controladas, menos impacto causam. Para as ações contra o fogo são usados abafadores, bomba costal (equipamento levado às costas que borrifa água nos focos de incêndio), sopradores, dois caminhões-pipa e dois aviões agrícolas. No ano passado, as equipes usaram drone nas atividades pela primeira vez.

As queimadas prejudicam a fauna e a flora e contribuem para a piora da qualidade do ar. De acordo com o Corpo de Bombeiros, moradores de Planaltina, Sobradinho, Brazlândia, São Sebastião, Paranoá e Gama foram as localidades com maior número de queimadas em 2021, portanto sentiram mais os efeitos dos incêndios.


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Em 2021

Entre janeiro e agosto do ano passado, o DF registrou um aumento de 22% no número de focos de incêndio, em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, a área queimada foi a metade da registrada nos mesmos meses de 2020. Os dados são parte de um monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O levantamento aponta que os satélites identificaram 88 focos de incêndio no DF de janeiro a agosto, contra 72 no mesmo intervalo em 2020. As ocorrências registradas apenas em 21 dias de agosto de 2021 (27 casos) superavam os 22 focos identificados em todo o mesmo mês do ano anterior. Só no dia 13 de agosto de 2021, foram dez ocorrências.

A área queimada nos oito primeiros meses de 2021 foi de 4,8 mil hectares, contra 9,7 mil hectares no mesmo período de 2020. Apesar da redução, a área afetada pelo fogo é maior do que a região administrativa de Vicente Pires, que tem 4,4 mil hectares e cerca de 100 mil habitantes.

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