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R7 Brasília

DF oferece programa de apoio para famílias de vítimas de violência

De janeiro a agosto, Pró-Vítima atendeu 5.515 mulheres e/ou familiares; serviços do projeto são gratuitos, para todas as pessoas

Brasília|Do R7, em Brasília

Pró-Vítima foi criado pela Sejus-DF
Pró-Vítima foi criado pela Sejus-DF

Um programa de atendimento de psicologia e de assistência social tem sido ofertado a vítimas de violência doméstica, intrafamiliar, psicológica, física, sexual e institucional, e seus familiares. O Pró-Vítima foi criado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) do Distrito Federal, por meio da Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav). De janeiro a agosto deste ano, foram 5.515 atendimentos prestados pelo programa.

Em todo o ano passado, foram mais de 6.077 atendimentos, com 1.082 pessoas contempladas pelo programa. Segundo a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, o Pró-Vítima visa acolher e cuidar de mulheres e familiares que estão inseridos em ciclo de violência.

"Esse programa visa atender e acolher essas mulheres no momento mais difícil, com atendimento psicossocial. Atendimentos psicológicos onde profissionais capacitados de uma forma totalmente sigilosa fazem um atendimento individualizado com essas mulheres, e o assistente social, que é a porta de entrada do serviço. É nesse programa que você consegue cuidar dessas mulheres e falar: 'O Estado existe para cuidar de você e salvar sua vida'", explicou.

A secretária afirma que a vítima pode buscar os núcleos de atendimento do Pró-Vítima de forma espontânea ou ser encaminhada por instituições e/ou autoridades públicas, assim como por amigos, parentes ou pessoas da comunidade.


Os serviços do programa são gratuitos, para todas as pessoas, não havendo necessidade de comprovação de hipossuficiência econômico-financeira. De acordo com Marcela, os atendimentos do Pró-Vítima são realizados por equipe técnica, formada por psicólogos e assistentes sociais, e ocorrem em núcleos situados em várias regiões do Distrito Federal.

"Violência não escolhe nada. Em todas as casas, pode ocorrer violência doméstica. É um programa que contempla todas as pessoas que quiserem nos procurar", explicou.


Dados de feminicídio

O Brasil registrou mais de mil casos de feminicídio por ano de 2017 a 2022. Nos últimos seis anos, 7.772 mulheres foram vítimas deste crime em todo o país, segundo dados do Fórum de Segurança Pública. O número vem crescendo desde que a lei foi criada, em março de 2015, e o Distrito Federal já registrou mais ocorrências nos primeiros oito meses de 2023 do que em todo o ano passado.

Ano a ano, o país vem em uma curva ascendente de casos, batendo recordes de ocorrência — em 2022, foram 1.437 registros, já em 2021, 1.347. As informações foram publicadas no Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023.


Confira o número de casos de feminicídio por ano:

• 2022: 1.437

• 2021: 1.347

• 2020: 1.354

• 2019: 1.330

• 2018: 1.229

• 2017: 1.075

• 2016: 929

• 2015: 449

Dados também mostram que, desde que a lei foi criada, 9.150 mulheres foram mortas em casos de feminicídio. O número representa, em média, três mulheres mortas por dia no país nos últimos oito anos pelo fato de serem mulheres. O estudo também mostra que, em 35,6% dos casos de homicídio em que a vítima é mulher, a ocorrência é tipificada como feminicídio.

Distrito Federal

O Distrito Federal segue a tendência de alta nacional e já ultrapassou em 2023 o total de casos registrados em todo o ano passado. Até agosto, 25 mulheres foram vítimas de feminicídio na capital federal. Dados da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) mostram que, desde 2015, o DF registrou 175 mortes pelo crime.

Canais de denúncia

• Disque Denúncia - Ligue 197 ou (61) 98626-1197 (WhatsApp)

• Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher - (61) 3207-6172/ 3207-6195 - Funcionam 24 Horas

• PMDF - Ligue 190

• Núcleo de Gênero do MPDFT - (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625

• Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública - WhatsApp (61) 999359-0032

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