Dilma manteve presentes recebidos quando presidente avaliados em R$ 4,8 mil, diz TCU; saiba quais são
Itens recebidos durante o mandato deveriam ser incorporados ao patrimônio da União, mas a petista não os entregou
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deixou de entregar seis objetos recebidos enquanto exercia o mandato. Os itens são avaliados em R$ 4.873. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), que determina a devolução dos presentes recebidos pelos presidentes durante o cargo, a petista não entregou os bens quando deixou a Presidência. O R7 tenta contato com Dilma.
A descoberta foi feita porque, em setembro de 2016, o TCU ordenou à Secretaria de Administração da Presidência da República e ao Gabinete Pessoal do Presidente da República que incorporassem ao patrimônio da União 144 itens recebidos pela ex-presidente. No entanto, três anos depois, 138 presentes tinham sido localizados e incorporados ao acervo da Presidência, de acordo com o Tribunal.
Os seis objetos mantidos por Dilma são os seguintes:
• relógio de mesa com caixa circular em aço inox, do fabricante Val Saint Lambert;
• relógio de mesa fixado em suporte de madeira com porta-canetas;
• rede de descanso intitulada de Hamaca de Tejido Larense;
• travessa em madeira, do fabricante Muskoka;
• pintura em tecido (medindo 88x68cm) que retrata mulher negra com pote na cabeça e filho nas costas, com inscrição "Povo Hereiro" no verso;
• painel em tapeçaria (medindo 162,5 x 110 cm) que mostra homem tocando instrumento musical, do artista J. Fortes.
TCU dispensou a cobrança
Em agosto de 2019, o TCU chegou a dar seis meses para que Dilma fosse cobrada por não ter devolvido os itens. Porém, ao longo do processo, o órgão concluiu que iria dispensar a cobrança visto que o valor referente aos presentes era inferior ao mínimo de R$ 100 mil definido pelo próprio Tribunal para a instauração de um processo de tomada de contas.
De acordo com o TCU, o total relativo aos bens que não foram entregues por Dilma "era de baixa materialidade". Por isso, os R$ 4.873 não foram cobrados.