O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (3), que vai tomar “todas as medidas cabíveis para defender empresas e trabalhadores brasileiros” diante do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.Os produtos do Brasil serão taxados em 10%. Em evento, Lula destacou que a reação terá como referência a Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada Congresso Nacional, e diretriz da OMC (Organização Mundial do Comércio).“Diante da decisão dos Estados Unidos de impor sobretaxa aos produtos brasileiros, tomaremos todas as medidas cabíveis para defender nossas empresas e trabalhadores brasileiros, tendo como referência a lei da reciprocidade econômica, aprovada ontem pelo Congresso, e a diretriz da Organização Mundial do Comércio”, disse Lula.“Um país que fala de igual para igual e respeita todos os países, dos mais pobres aos mais ricos, mas que exige reciprocidade no tratamento. Defendemos o multilateralismo e o livre comércio, e responderemos a qualquer tentativa de impor protecionismo que não cabe mais hoje no mundo”, acrescentou.As declarações foram dadas por Lula durante evento de apresentação das principais ações e programas federais implementados desde o início do atual mandato, em 2023. A cerimônia, chamada de “O Brasil Dando a Volta Por Cima”, ocorre em meio à desaprovação do petista, registrada por pesquisas eleitorais desde fevereiro.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na última quarta-feira (2) um novo pacote de tarifas comerciais que afetará diversos países. No caso do Brasil, os produtos serão taxados em 10%. A data foi batizada pelo republicano como o “Dia da Libertação”, marca o início de medidas que, segundo ele, terão impacto global e entrarão em vigor no próximo sábado (5).Em nota, o governo federal lamentou as novas tarifas comerciais impostas por Trump. O Executivo brasileiro destacou que vai manter a postura diplomática em relação ao tema, mas afirmou avaliar “todas as possibilidades de ação para assegurar a reciprocidade no comércio bilateral”.Por enquanto, o Brasil tem priorizado uma saída diplomática para o tema, mas integrantes do governo não descartam eventual reação à taxação de Trump. No texto, o governo do Brasil volta a citar a possibilidade de acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio) contra as tarifas do republicano. A entidade, da qual os dois países fazem parte, é um organismo multilateral responsável por regular o comércio entre os integrantes.O apanhado de dois anos de governo faz parte da nova estratégia de comunicação do Executivo. Desde janeiro, a Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), órgão responsável pela divulgação das ações federais, está sob novo comando. O deputado federal Paulo Pimenta foi substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, que liderou a campanha presidencial de Lula em 2022.Na agenda, Lula assinou decreto que regulamenta o Fundo Social, assegurando repasse de recursos oriundos do pré-sal ao programa Minha Casa, Minha Vida. Na lei orçamentária anual aprovada recentemente pelo Congresso Nacional, estão previstos R$ 18 bilhões para essa finalidade.O governo apresentou dados do mandato petista: maior crescimento do salário mínimo dos últimos seis anos; menor desemprego nos últimos 12 anos; o retorno do Brasil ao top 10 das maiores economias do mundo; medicamentos 100% gratuitos no Farmácia Popular; 21 milhões de lares com o Bolsa Família; quatro milhões de jovens no Pé-de-Meia; redução de 50% no desmatamento da Amazônia; R$ 756 bilhões no Plano Safra, voltado para o agro e recorde de estrangeiros em 2024, superando os dados da Copa do Mundo e Olimpíadas.A abertura de mais de 340 novos mercados para vendas internacionais; reajuste do Bolsa Atleta após 14 anos; os novos 102 institutos federais e 10 campi universitários e 40 obras do PAC em instituições educacionais; 15 milhões de brasileiros deixaram o ‘vermelho’ nas contas, passando a ter o nome limpo; entre outros dados configuram as vitórias obtidas durante o mandato do petista.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp