Distrito Federal registra recorde de transplantes de órgãos em 2023
Ao todo, 543 procedimentos foram realizados no DF; índice é considerado o maior do Brasil
Brasília|Iasmim Albuquerque*, do R7, em Brasília
O Distrito Federal registrou recorde de transplantes de órgãos no período entre janeiro a agosto de 2023. Foram 543 procedimentos realizados, entre transplantes de coração, rim, fígado, medula óssea e córnea.
No mesmo período do ano passado, foram realizados 501 transplantes. Os dados são do Ministério da Saúde.
No DF, três hospitais da rede pública realizam transplantes. Dentre eles, o Hospital de Base (HBDF) e o Hospital Universitário de Brasília (HUB) realizam procedimentos para rim e córnea. Já o Instituto de Cardiologia e Transplante (ICTDF) faz mais transplantes de medula óssea, fígado, rim, córnea, além de ser o único credenciado para realizar transplante de coração.
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O número de doadores efetivos também deixa o Distrito Federal em destaque entre as unidades federativas. Em 2022, a taxa da região era de 14,2 doadores por milhão, enquanto a média nacional era de 17 pessoas a cada 1 milhão de habitantes, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de órgãos (ABTO). Neste ano, o primeiro semestre registrou a taxa de 23,4 doadores.
Lei Distrital de Conscientização sobre Doação de Órgãos
Neste mês de novembro, o presidente Luiz Inácio da Silva sancionou a lei que implementa a Política de Conscientização e Incentivo a Doação de Órgãos e Tecidos no Distrito Federal. O objetivo é promover o debate e informar a população da relevância da doação de órgãos, de forma a contribuir com o aumento no número de doadores.
Medidas como campanhas de divulgação e conscientização, atividades educativas nas escolas e capacitação de gestores e profissionais da saúde e da educação estão previstas na lei. Além disso, faz parte da estratégia melhorar instalações físicas nos ambulatórios de transplante e facilitar o acesso ao serviço.
A lei tem o nome de Tatiane, uma homenagem a uma mulher paulista de 32 anos que perdeu a vida por não conseguir um transplante de coração. Ela chegou a ficar dois anos na fila de espera e morreu, em 2019.
*Sob a supervisão de Fausto Carneiro