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Distrito Federal tem a maior desigualdade do país, aponta IBGE

Quando avaliado o rendimento domiciliar per capita de 2020, índice de desigualdade no DF fica "bem acima" da média nacional

Brasília|Alan Rios, do R7, em Brasília

Região de Sol Nascente, no Distrito Federal
Região de Sol Nascente, no Distrito Federal

O Distrito Federal tem a maior desigualdade do país em relação ao rendimento domiciliar por indivíduo. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada nesta sexta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o levantamento, o índice de desigualdade no DF ficou “bem acima” da média nacional.

O estudo utilizou o chamado índice de Gini para realizar a amostragem. A metodologia, criada pelo matemático italiano Conrado Gini, mede a concentração de renda apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos, o que resulta em uma taxa que varia de zero (perfeita igualdade) até um (desigualdade máxima). Enquanto a média nacional é de 0,524, o índice do DF chegou a 0,548 em 2020.

Os moradores da capital que fazem parte do 1% da população com rendimentos mais elevados receberam R$ 20.871, o que é 31,2 vezes mais do que a renda da metade da população com os menores rendimentos.

O rendimento mensal domiciliar per capita no Distrito Federal também tem variação intensa quando avaliados os lares com beneficiários e sem beneficiários do Bolsa Família. Nas casas de pessoas que recebiam esse auxílio em 2020, a renda mensal foi de R$ 547, enquanto nos domicílios sem a bolsa o rendimento médio foi de R$ 2.439, ou seja, quase cinco vezes maior.


A vulnerabilidade, porém, não foi maior por causa do auxílio emergencial. No ano do surgimento da pandemia, 14,6% dos domicílios do Distrito Federal receberam algum programa social do governo além do Bolsa Família. Essa porcentagem era de apenas 0,5% em 2019.

Raio-x

A pesquisa mostra que a população do Distrito Federal é composta de 3.053.000 moradores. Entre aqueles que recebiam algum tipo de rendimento, estavam 1.831.000 pessoas em 2020, ou seja, 60% da população. O número representa uma pequena redução em relação a 2019, de 1,1 ponto percentual.

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O rendimento médio mensal da população da capital ficou em R$ 3.974. Essa é a maior renda entre todas as unidades da federação, mas apresentou redução de 5,9% em comparação com 2019, antes da pandemia.

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