Distrito Federal vai montar 3 tendas de acolhimento contra dengue que funcionam 24h
Outras oito tendas, com funcionamento padrão, serão instaladas; DF vai ter um total de 20 pontos montados
Brasília|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília
A vice-governadora Celina Leão (Progressistas) anunciou nesta sexta-feira (15) que o Distrito Federal vai montar 11 novas tendas de acolhimento da população contra dengue, sendo que três delas vão funcionar 24 horas. O objetivo é diminuir o impacto da população que busca atendimento durante a noite. Os locais ainda não foram definidos, mas a SES (Secretaria de Saúde) afirma que serão locais estratégicos.
"A gente tem um amplo atendimento pelas nossas UBSs que funcionam durante o dia, mas tem agravamento de casos que estão acontecendo à noite, então as pessoas geralmente buscam as UPAs, hospitais e hospitais de campanha. Com o funcionamento dessas três novas unidades em período estendido, a gente vai conseguir dar um resultado melhor para a população", explica Celina.
A montagem está prevista para quarta-feira (20). Com essas novas tendas, o DF vai ter 20 no total. Elas são destinadas à orientação da população e hidratação com soro no caso dos infectados.
A vice-governadora afirma que a inovação na luta contra a dengue é necessária para combater a cepa do vírus. "Nossa percepção é que nós estamos lindando com algo novo com os métodos antigos. A gente precisa reajustar isso, tentando melhorar os procedimentos debaixo de ciência e pesquisa", relata.
Celina pontuou que o combate à dengue tem a população como protagonista, mas que o governo está fazendo a sua parte. "Em todo o Brasil, os estados e as prefeituras estão lidando com uma dengue muito mais letal, e é por isso que os procedimentos estão mais reforçados no manejo", diz.
Dengue no DF
O DF registra 142.086 casos prováveis de dengue, além de 109 mortes confirmadas, segundo dados do Ministério da Saúde. Outras 62 mortes estão sob investigação.
O Distrito Federal tem a maior taxa de incidência do Brasil, com 5.043,8 casos por 100 mil habitantes. A maioria dos casos é em mulheres (54,8%) e a faixa etária mais afetada é a de 20 a 29 anos.