Quase 24 horas depois do desabamento parcial de um prédio de cinco pavimentos em Taguatinga, no Distrito Federal, os donos do imóvel se manifestaram por meio de uma nota à imprensa nesta sexta-feira (7). No documento, eles negam que, até a data do incidente, houvesse sido registrado ruído na estrutura da edificação. Veja o momento em que parte do prédio desaba: "O edifício, desde a sua fundação, passa por manutenções periódicas, com o objetivo de manter a integridade de sua estrutura e de seus usuários", diz o texto. De acordo com a Defesa Civil, a edificação, com função mista, comercial e residencial, não tinha Carta de Habite-se. A falta do alvará de construção não é mencionada no comunicado. Na manhã desta quinta-feira (6), moradores acionaram o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e também a Defesa Civil depois de notarem uma série de problemas estruturais no prédio, situado na QSE 20, em Taguatinga. Eles alertaram as forças de segurança sobre a presença de rachaduras, deformações nos pilares de sustentação, descolamento e desplacamento de materiais da fachada. Com isso, os moradores foram removidos às pressas da edificação e ficaram desabrigados. Dois andares do prédio vieram abaixo durante a tarde. O local foi isolado, e o que sobrou do prédio será escorado para evitar sua queda. A Defesa Civil também vai exigir que o proprietário da prédio contrate um engenheiro para acompanhar a operação. Ainda na nota, os donos do edifício afirmam que estão "prestando todas as informações necessárias para os órgãos competentes". Além disso, asseguram que contrataram uma empresa especializada para a retirada dos pertences dos moradores, o que deve ocorrer após o aval da Defesa Civil. "Todas as famílias estão recebendo apoio dos responsáveis pelo prédio, com oferta de alimentação e estadia", diz o texto. Enquanto isso, uma campanha de arrecadação de doações foi empreendida por uma moradora da região para minimizar os prejuízos às 24 famílias atingidas pela tragédia. "Lamentamos profundamente o ocorrido, pedimos desculpas às famílias, lojistas e moradores dos empreendimentos vizinhos, e os proprietários do empreendimento colocam-se à disposição para minimizar, ao máximo, os transtornos causados", finaliza o texto.