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É inadmissível que um mundo capaz de gerar trilhões conviva com a fome, diz Lula no G20

Presidente destacou que o compromisso brasileiro à frente do grupo será o combate à fome, à pobreza e às desigualdades

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


Lula durante abertura da sessão do G20
Lula durante abertura da sessão do G20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou nesta quarta-feira (13) que o compromisso da presidência brasileira do G20 será o combate às desigualdades, em especial à pobreza e à fome. Em discurso, o petista cobrou os países ricos e afirmou que é inadmissível que o mundo, capaz de gerar riqueza de US$ 100 trilhões, conviva com a insegurança alimentar de 735 milhões de pessoas.

“Precisamos de uma nova globalização que combata as disparidades. Esse objetivo guiará toda a presidência brasileira, que será estruturada em três eixos: a inclusão social e o combate à fome e à pobreza; a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões social, econômica e ambiental e as transições energéticas; e a reforma das instituições de governança global”, destacou Lula.

“No primeiro eixo, queremos erradicar uma das principais mazelas da atualidade. É inadmissível que um mundo capaz de gerar riquezas da ordem de 100 trilhões de dólares por ano conviva com a fome de mais de 735 milhões de pessoas e a pobreza de mais de 8% da população. Para fazer frente a esse problema, criamos um força-tarefa contra a fome e a pobreza”, acrescentou.

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As declarações foram dadas durante a sessão de abertura da reunião dos grupos de política e finanças do G20, que reúne as maiores economias do mundo. A agenda foi realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

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Lula propôs também uma aliança global com três pilares. São eles: o de compromissos nacionais, que impulsionará um conjunto de políticas públicas de efetividade já testada; o financeiro, que mobilizará recursos internos e externos para o financiamento dessas políticas; e o de apoio técnico, que difundirá boas práticas e incentivará a cooperação sul-sul.

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Durante o evento, o presidente brasileiro afirmou que o G20 é responsável por três quartos das emissões globais de gases do efeito estufa. “Os membros de renda alta do grupo emitem, anualmente, 12 toneladas de gás carbônico per capita, enquanto os de renda média emitem metade desse volume”, expôs. “O planeta não suportará um aumento da temperatura global superior a um grau e meio”, acrescentou.

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Lula cobrou que, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP) em Belém, os países adotem contribuições mais ambiciosas, acompanhadas dos meios de implementação adequados.

“Por isso, criamos uma Força-Tarefa para a Mobilização contra a Mudança do Clima. Seu foco será a promoção de planos nacionais de transformação ecológica, que levem em conta o impacto do aquecimento global sobre os mais vulneráveis. A bioeconomia é uma via promissora para muitos países em desenvolvimento. É preciso definir princípios básicos sobre o uso sustentável de recursos naturais para a geração de bens e serviços de alto valor agregado”, argumentou.

G20

As primeiras reuniões da presidência brasileira do G20 ocorreram na última segunda (11) e na terça-feira (12), com o encontro da Trilha de Sherpas. Nesta quarta-feira (13), das 9h às 17h30, participam também da reunião os respectivos ministros das Finanças e autoridades de bancos centrais do G20. Depois, na quinta (14) e na sexta-feira (15), das 9h às 16h, estão previstas mais reuniões da esfera financeira.

A atuação do G20 é dividida em duas linhas: a Trilha de Sherpas e a Trilha de Finanças. A Trilha de Sherpas é comandada por emissários pessoais dos líderes do G20, que supervisionam as negociações, discutem os pontos que formam a agenda da cúpula e coordenam a maioria do trabalho. O sherpa indicado pelo governo brasileiro é o embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty.

Em fevereiro, nos dias 21 e 22, estão previstas outras reuniões, dessa vez ministeriais, da Trilha de Sherpas, no Rio de Janeiro. O encontro presencial estará sob a coordenação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Ainda no mesmo mês, nos dias 28 e 29, é a vez de São Paulo sediar a reunião ministerial da Trilha de Finanças. Também de forma presencial, o evento terá a coordenação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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O governo brasileiro inovou na presidência temporária e, na tentativa de tornar o G20 um fórum mais acessível e representativo, vai fazer reuniões em todas as cinco regiões do país. As cidades-sede que vão receber os encontros dos grupos de trabalho são: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).

O mandato brasileiro será de 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. Criado em 1999 como forma de coordenação em nível ministerial entre os países, o G20 é formado pelas 19 maiores economias do mundo e pela União Europeia. O grupo responde por cerca de 80% do PIB mundial e 75% do comércio internacional, bem como por dois terços da população e 60% do território do planeta.

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