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R7 Brasília

Em debate sobre futuro do agro, Lira diz que setor precisa vencer insegurança jurídica

Em reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária, presidente da Câmara destacou autonomia do Congresso em decisões

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA)
Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta terça-feira (22), que o agronegócio precisa vencer as inseguranças jurídicas que travam o crescimento do setor. O comentário foi feito na primeira reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) depois das eleições. O encontro, que ocorre em Brasília, busca debater o futuro e os desafios do setor a partir de 2023.

"Tenho certeza que o Congresso vai ter independência e soberania na discussão dessas pautas e encontrará o melhor caminho para o novo governo que vai cuidar de todos os brasileiros. Queremos tranquilidade e segurança jurídica para produzir, tocar os negócios e fazer com que o Brasil continue caminhando", comentou. 

Lira também disse que cumpriu os compromissos que fez com Frente e citou a aprovação do novo marco legal do licenciamento ambiental e o projeto de lei dos defensivos agrícolas, que mudou as regras para registros de agrotóxicos.

Em 2023, a bancada deve se debruçar sobre textos importantes para o setor, como o Projeto de Lei nº 658/2021, que regulamenta os bioinsumos, e Projeto de Lei nº 4.188/2021, que cria o marco legal das garantias de empréstimos. Ambos tramitam na Câmara.


Agronegócio e meio ambiente

Arthur Lira ainda minimizou as críticas que recebeu de ativistas ambientais ao colocar as pautas prioritárias para o agronegócio em votação e garantiu que o "produtor rural cuida do meio ambiente". 

“Nós somos os menos poluidores [no mundo], mas temos problemas orçamentários sérios relacionados ao meio ambiente. Enquanto não tivermos uma política forte de monitoramento, de fiscalização, de sustentabilidade na Amazônia, não teremos a resolução dos problemas de desmatamento e garimpo ilegal no País. Temos essa responsabilidade de trazer essas discussões e não podemos nos furtar a elas”, defendeu Lira.


Em maio deste ano, em viagem aos Estados Unidos, Lira afirmou que, se o Orçamento não fosse engessado, o Brasil poderia ter mais facilidade para enfrentar o desmatamento. Na ocasião, ele defendeu que com as mudanças nas regras orçamentárias, os recursos poderiam ser voltados mais facilmente para a defesa do meio ambiente.

"Eu ganhei o apelido de 'Garoto Veneno' na Avenida Paulista, mas nós nunca abrimos mão da discussão em detrimento das versões que foram criadas, procuramos fazer o maior diálogo possível", completou.


Além de Lira, também participaram do evento o ministro da Agricultura, Marcos Montes, o ministro das Relações Exteriores, Márcio França, a senadora eleita e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), entre outras nomes da bancada no Congresso e representantes de entidades ligadas ao agronegócio.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi convidado para o evento, mas teve a participação cancelada pelo Palácio do Planalto. A ausência não foi justificada.

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