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Em depoimento à CPI dos atos extremistas, coronel da PM admite falha da corporação

Jorge Eduardo Naime afirmou que também faltou segurança nas sedes dos Três Poderes durante os atos de 8 de janeiro

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Invasão de extremistas ao Palácio do Planalto, em 8 de janeiro de 2023
Invasão de extremistas ao Palácio do Planalto, em 8 de janeiro de 2023

Responsável por chefiar o departamento operacional da Polícia Militar do Distrito Federal durante a invasão de vândalos às sedes dos Três Poderes, o coronel Jorge Eduardo Naime confirmou nesta quinta-feira (16), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos extremistas, que houve falha da corporação durante os ataques de 8 de janeiro. “Houve falha. Só quem estava no teatro de operações pode dizer o que aconteceu, mas a facilidade com que os manifestantes entraram nos prédios, eu nunca vi acontecer", disse.

Durante o depoimento, o coronel, que estava de folga no dia dos protestos, também ressaltou que a falta de segurança nos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e no Palácio do Planalto.

“O próprio Batalhão da Guarda Presidencial não estava com o efetivo adequado”, afirmou. O policial militar disse que o governo federal também poderia ter chamado a Força Nacional para proteger as sedes dos Três Poderes, que são territórios da União, têm autonomia e não estão sob a jurisdição do Governo do DF. “Se tivesse essa resistência, daria tempo de a PM se reorganizar”, argumentou.

Naime é o principal depoente desta quinta-feira. Ele é ex-comandante do Departamento de Operações (DOP) da corporação, setor responsável pela coordenação de operações em eventos como os atos de vandalismo de 8 de janeiro.


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Por outro lado, tanto o presidente da comissão, Chico Vigilante (PT), quanto o relator, o deputado João Hermeto de Oliveira (MDB), destacaram a falta de efetivo da PM. Um grupo de 200 integrantes do curso de formação da corporação estaria presente na ação no dia da invasão aos prédios, segundo Vigilante.

No depoimento, Naime destacou que o uso dos membros do curso é comum, mas ao lado de policiais mais experientes.

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