Logo R7.com
RecordPlus
R7 Brasília

Em meio à megaoperação no Rio, Lula sanciona lei que endurece combate ao crime organizado

Legislação atribui pena de reclusão de 4 a 12 anos para quem contratar a prática de violência ou grave ameaça a agente público

Brasília|Thays Martins, do R7, em Brasília

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Presidente Lula sanciona lei que endurece combate ao crime organizado.
  • A nova legislação cria crimes de obstrução de ações e conspiração para obstrução relacionadas ao crime organizado.
  • Penas variam de quatro a 12 anos para quem ameaçar agentes públicos em processos contra organizações criminosas.
  • A sanção acontece durante uma megaoperação no Rio de Janeiro, onde 119 pessoas morreram, incluindo quatro policiais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Texto foi sancionado por Lula e publicado no DOU desta quinta Ricardo Stuckert / PR - 03.10.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que tenta endurecer o combate ao crime organizado. A medida, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (30), cria dois crimes: obstrução de ações contra o crime organizado e conspiração para obstrução de ações contra o crime organizado.

Pela medida, é atribuída pena de reclusão de 4 a 12 anos para quem contratar a prática de violência ou grave ameaça a agente público, advogado ou testemunha no âmbito de processo contra organização criminosa.


Outro ponto da lei é que os condenados terão que começar a cumprir as penas em presídios de segurança máxima. O texto foi aprovado na Câmara no início do mês e foi sancionado sem vetos pelo presidente Lula.

Leia mais

Além de prever penas para quem tenta atrapalhar investigações contra crime organizado, a lei também aumenta a proteção de autoridades judiciais, membros do Ministério Público, policiais e profissionais das forças de segurança em atividade ou não, inclusive aposentados, e de seus familiares que estiverem em situação de risco devido à função.


A sanção ocorre em meio à megaoperação deflagrada no Rio de Janeiro pelas polícias civis e militares do estado. Ao todo, 119 pessoas morreram, entre eles quatro policiais. A operação tinha como intuito impedir o avanço do Comando Vermelho.

Ontem, Lula falou pela primeira vez sobre a operação. O presidente defendeu um trabalho coordenado e a aprovação da PEC da Segurança Pública, apresentada pelo governo federal.


“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, escreveu o presidente em uma rede social.

Após a operação, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que estava “sozinho” no combate ao crime no estado. A acusação foi rebatida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, dizendo que tem atendido “prontamente a todos os pedidos” de envio da Força Nacional.


Na quarta-feira (29), Castro esteve reunido com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para debater o assunto no Palácio Guanabara, na Zona Sul do Rio. Como resultado, foi anunciada a criação de um Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.