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Em meio à seca, rios da Amazônia e do Pantanal registram menor nível histórico

Monitoramento mostra registros recordes nos rios Acre, Solimões, Paraguai, Araguaia, Madeira e Tapajós

Cidades|Do R7, em Brasília


Nível negativo não significa ausência de água Divulgação/Defesa Civil - Arquivo

Ao menos seis rios das regiões da Amazônia e do Pantanal estão no menor nível histórico de água devido à seca que assola o país. Monitoramento feito pelo SGB (Serviço Geológico do Brasil) mostra que a situação é crítica nos rios Acre, Solimões, Paraguai, Araguaia, Madeira e Tapajós. Em algumas localidades, a cota de água chegou a marcas negativas — o que não significa, no entanto, ausência de água (leia mais abaixo).

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Nesta segunda-feira (23), o Rio Solimões chegou à marca de -2,28 m em Tabatinga (AM), 7,72 m em Fonte Boa (AM) e 1,4 m em Itapéua (AM). A cota do Madeira caiu para 25 cm em Porto Velho (RO), e o Tapajós alcançou 1,17 m em Itaituba (PA).

No sábado (21), o Rio Acre registrou a mínima histórica de 1,23 m na capital Rio Branco (AC). Na quinta-feira (19), o Rio Araguaia chegou a 2,97 m em São Félix do Araguaia (MT).

O cenário também é grave no Pantanal. Em Barra do Bugres (MT), o Rio Paraguai chegou a 24 cm, nível mais baixo desde 1966. Em Ladário (MS) — estação de referência, com 124 anos de dados históricos — a cota atual é de -41 cm, apenas 20 cm acima da mínima histórica, de -61 cm, registrada em 1964.


Apesar dos resultados negativos, o valor abaixo de zero não significa ausência total de água. Os níveis são definidos com base em medições históricas e considerações locais. Em alguns casos, mesmo quando o rio registra valores negativos, ainda há uma profundidade significativa. No caso de Ladário (MS), por exemplo, abaixo da cota zero, o Rio Paraguai ainda tem cerca de 5 metros de profundidade, conforme dados da Marinha.

Devido ao cenário de estiagem e falta de chuvas, a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) aprovou nesta segunda-feira (23) situação de escassez hídrica no trecho baixo do rio Tapajós, entre Itaituba (PA) e Santarém (PA), até 30 de novembro. Sem previsões de chuvas significativas pelas próximas semanas, a tendência é de que a situação piore.

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