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Em reunião com empresários, Pacheco defende aprovação das novas regras fiscais

Em evento na diretoria da Fiesp, o presidente do Senado disse que vê condições para a baixa nos juros 

Brasília|Emerson Ramos, da TV Record, e Rafaela Soares, do R7, em Brasília

Presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco
Presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco Edilson Rodrigues/Edilson Rodrigues/Senado Federal

Durante encontro na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) nesta segunda-feira (8), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou que vê condições para começar a redução na taxa de juros no país. Ele acrescentou que não concorda com qualquer movimento contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

No mesmo evento, Pacheco elogiou a indicação de Gabriel Galípolo para diretoria do órgão, anunciada na manhã desta segunda-feira (8) pelo ministro da Economia, Fernando Haddad.

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Pacheco enfatizou que o Congresso deve ajudar o governo nas pautas que forem importantes para o Brasil e que não busca protagonismo. A reforma trabalhista foi um dos exemplos dados por ele. Para Pacheco, é essencial que o texto seja aprovado ainda no primeiro semestre. Além disso, segundo ele, todo mundo precisa saber ceder para a reforma acontecer.

"Ainda que se perca em determinado momento, que se aumente uma alíquota aqui ou acolá, isso, seguramente, a economia brasileira terá a capacidade de arredondar. Nós, evidentemente, ultrapassaremos uma fase importante de obstáculos para entregar um sistema que seja minimamente razoável", afirmou.


O presidente do Senado também disse que o Congresso tem trabalhado para a aprovação do novo marco fiscal, enviado pelo Executivo em abril. Pacheco sinalizou que, tanto na Câmara como no Senado, há expectativa de aprovação da proposta.

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Atualmente, o texto está na Câmara dos Deputados, sob relatoria do deputado Cláudio Cajado (PP-BA). Na semana passada, o parlamentar iniciou uma rodada de conversas com executivos do mercado financeiro e com representantes de bancos com o objetivo de colher informações e sugestões para compor o relatório da proposta. Depois que passar pela Câmara, o projeto segue para o Senado.


Taxa de juros

Sobre a taxa Selic, Pacheco afirmou que os juros altos são um "atravancador do crescimento do país" e comentou que a redução gradativa da taxa é vontade da sociedade, do Congresso, do setor produtivo e do presidente da República.

"Chega um momento em que temos um novo governo, um arcabouço fiscal apresentado na iminência de ser aprovado, uma boa perspectiva de reforma tributária, uma conteção relativa da inflação e nosso câmbio controlado. Vejo [como] absolutamente possível uma redução gradativa dessa taxa básica de juros", disse.

Atualmente, a taxa de juros do Brasil está em 13,75%, índice que tem sido alvo de criticas por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No último sábado, o petista criticou Campos Neto e afirmou que o presidente do BC "não tem compromisso com o Brasil", mas sim com o governo anterior, em referência à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que o indicou para o cargo à frente do Banco Central.

Revisionismo no Congresso

Em discurso dirigido aos empresários, o presidente do Senado também criticou iniciativas para reformular decisões já tomadas nos últimos anos pelo Congresso, como o marco do saneamento. Segundo ele, não é possível ficar rediscutindo a cada governo assuntos que já foram decididos no Legislativo.

"Todos esses projetos foram concebidos dentro de um senso de responsabilidade do parlamento. Muitos dos personagens que votaram favoravelmente a esses projetos, estão no Senado ainda hoje. É fundamental no Brasil que tenhamos respeito ao passado. Isso [a rediscussão de decisões do Congresso] gera algo nefasto para o Brasil que é a insegurança jurídica", afirmou Pacheco.

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