Encontro entre Lula e Trump está sendo articulado por Mauro Vieira: ‘Perspectiva de diálogo’
Em audiência na Comissão de Relações Exteriores na Câmara, ministro falou sobre o assunto e destacou a soberania brasileira com todos os países
Brasília|Do R7

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve nesta quarta-feira (1º) na Câmara dos Deputados para participar de audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. Logo no início, respondeu sobre o encontro entre Lula e Trump, que está sendo articulado por ele.
“O presidente Lula recebeu positivamente as menções elogiosas do presidente dos Estados Unidos durante a Assembleia porque abre uma perspectiva de diálogo (…). Volto a dizer, esse encontro foi tratado por mim e ficamos de analisar o momento desse encontro. Não foi combinado nenhum contato”, disse o ministro.
A fala ao qual o ministro Mauro Vieira se refere ocorreu no último dia 23 em Nova York. Segundo Vieira, o gesto foi visto pelo governo como uma “nova disposição americana”.
Ainda de acordo com o ministro, o governo mantém diálogo constante com chefes de Estado e trabalha para viabilizar um encontro futuro entre os dois presidentes.
Ele destacou, no entanto, que questões diplomáticas não devem ser alvo de especulações. Segundo o ministro, a reunião precisa conciliar com a agenda de Lula, que tem compromissos oficiais na agenda para cumprir.
Outros temas debatidos
Durante a audiência, o ministro também respondeu a parlamentares sobre temas considerados estratégicos pelo governo, como a relação entre Brasil e Ucrânia e a posição oficial diante da condenação da ex-presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner por corrupção.
Ao todo, nove requerimentos foram apresentados por deputados do PL, PP e Novo. Entre os temas levantados estão:
• Condenação de Cristina Kirchner: posição oficial do governo brasileiro sobre o caso da ex-presidente argentina;
• Hezbollah: questionamentos sobre a presença de líderes do grupo na América do Sul e os possíveis impactos para o Brasil;
• Ucrânia: repercussões da decisão do país de não manter embaixador em Brasília;
• Holocausto: críticas à retirada do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto;
• Eleições de 2022: dúvidas sobre suposta interferência estrangeira no processo eleitoral;
• Plano Brasil Soberano: avaliação da efetividade da política;
• Oriente Médio: críticas à nota oficial sobre o conflito entre Israel e Hamas;
• Política nuclear: debate sobre conformidade do país com a Constituição e tratados internacionais.
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