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Entenda o que muda com atualização da vacina contra a Covid-19 aprovada pela Anvisa

Medida quer impedir o aumento da circulação de novas cepas no país, mas não altera estratégia de vacinação do Ministério da Saúde

Saúde|Do R7, em Brasília

Doses serão utilizadas para deter novas cepas Tony Winston / Agência Saúde - 08.06.202

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na quarta-feira (18) uma nova instrução normativa que atualiza a composição das vacinas contra a Covid-19. Na prática, a medida altera os componentes para serem eficazes contra as novas mutações do Sars-CoV- 2. Em nota oficial, a agência destacou que o vírus continua “a evoluir e a sofrer mutações, que acontecem quando ele se adapta ao ambiente para sobreviver”. Por isso, é necessário que a imunização também passe por atualizações.

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“Isso tem exigido ajustes na imunização contra a Covid-19, especialmente devido ao surgimento de variantes. O objetivo da atualização da composição antigênica dos imunizantes contra a Covid-19 é melhorar as respostas imunológicas induzidas pelas vacinas às variantes circulantes do vírus”, explica.

Segundo a Anvisa, as normas aprovadas “convergem com os padrões internacionais, indicando as cepas que devem compor essas vacinas e as regras claras para a sua atualização”. A nova instrução, no entanto, não altera o público-alvo e já deve ser incorporado nas novas remessas adquiridas pelo Ministério da Saúde. A pasta explica que a estratégia de campanha segue a mesma. “O que muda é a composição do medicamento”, ressaltou.

O Ministério da Saúde reforçou, ainda, que sempre oferece imunizantes atualizados nas campanhas.


Atualização da vacina

Segundo a diretora Meiruze Sousa Freitas, relatora da matéria, a evolução constante do coronavírus SARS-CoV-2 torna necessária a atualização periódica da imunização para garantir que ela continue eficaz contra novas variantes.

“O aprendizado com a pandemia nos mostrou a importância de respostas regulatórias mais rápidas. Para minimizar os danos, precisamos reduzir as lacunas no arcabouço regulatório, ajustando-o em tempo real para responder às demandas urgentes durante crises sanitárias”, afirmou Meiruze.


A proposta normativa inclui tanto a resolução da diretoria colegiada quanto a instrução normativa sobre a atualização dos medicamentos. Ela estabelece critérios para a adaptação das vacinas no Brasil, alinhados com as diretrizes internacionais e a evolução do cenário epidemiológico.

“A revisão constante e a atualização, em sintonia com parâmetros globais, são essenciais para evitar novos surtos e controlar a mortalidade relacionada ao vírus. Isso justifica a urgência de um marco regulatório que facilite e acelere esse processo, sem comprometer a qualidade, segurança e eficácia”, acrescentou a diretora.

Meiruze também destacou que o monitoramento contínuo da Covid-19, tanto no Brasil quanto em outros países, revela que a doença não segue um padrão sazonal definido, mas varia em ondas, determinadas principalmente pelo comportamento da população. Nesse contexto, ela reforçou a importância de garantir o acesso a vacinas atualizadas para combater essas flutuações.

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