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‘Eram bandidos’, afirma irmão de ex-líder do Hamas sobre vítimas brasileiras de ataque terrorista em 2023

Fala foi feita em um evento do Partido da Causa Operária dois anos após o atentado de 7 de outubro de 2023

Brasília|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ahmed Shehada, irmão de um ex-líder do Hamas, chamou brasileiros mortos no ataque de 2023 de "bandidos".
  • Evento realizado em São Paulo pelo PCO comemorou dois anos do atentado que deixou 1.200 mortos.
  • Shehada defendeu que as terras invadidas pertencem aos palestinos, citando que 75% dos moradores de Gaza são refugiados.
  • O Sindicato dos Professores que cedeu o espaço do evento enfatizou que não apoia a violência e criticou a apologia ao atentado.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Durante evento nesta semana em São Paulo organizado pelo PCO (Partido da Causa Operária) e outras entidades em apoio à Palestina, o presidente do Instituto Brasil-Palestina, Ahmed Shehada, chamou de “bandidos” os brasileiros assassinados pelo ataque terrorista do Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023.

“Como alguém invade sua casa? Ele tentou voltar para sua casa. E onde moram lá são bandidos importados e trazidos da Europa, com nada a ver com esta terra. Alguns até brasileiros. ‘Mas foram mortos brasileiros’. Mas o que estava fazendo o brasileiro lá nessa terra? Bandido”, disse Shehada, que é irmão de um ex-líder do Hamas, Salah Shehadeh, morto em 2002 durante um bombardeio aéreo em Gaza.


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O evento promovido pelo PCO foi realizado na terça-feira (7) para “celebrar” os dois anos do ataque terrorista em um festival de música em Israel. O atentado do Hamas deixou ao menos 1.200 mortos, enquanto 251 pessoas foram sequestradas.

Ahmed Shehada, presidente do Instituto Brasil-Palestina
Ahmed Shehada chamou brasileiros assassinados pelo Hamas de bandidos Reprodução/CausaOperariaTV

Na ocasião, quatro brasileiros foram mortos: Michel Nisenbaun, Karla Stelzer, Ranani Glazer e Bruna Galeanu.


No discurso durante o evento, Shehada questionou a ideia de que os palestinos atacaram terras de outro Estado, argumentando que as terras “invadidas” eram suas terras.

“75% do povo de Gaza são refugiados expulsos, igual eu, um deles. 75%. Eles esperaram 75 anos para poder voltar para sua casa. E aqueles que vivem lá hoje, eles são filhos ou netos daqueles que foram expulsos justamente das cidades e aldeias que foram supostamente invadidas.”


Evento ocorreu na sede de sindicato

O evento foi realizado na sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo. A entidade disse que apenas cedeu o espaço e não teve relação com a cerimônia. Além disso, o sindicato destacou que “não apoia a violência como método de ação política e não compactua com a exaltação de ações violentas”.

O cientista político André Lajst disse que o episódio é inaceitável. “Mais preocupante ainda é o fato de o sindicato de professores emprestar a sua sede, o seu local de reunião para fazer apologia ao pior atentado terrorista da história do Estado de Israel, que matou 1.200 pessoas, sendo a maioria delas civis, incluindo mulheres e crianças”, afirmou.


“Isso é inaceitável, deveria ser investigado e, com certeza, proibido, para que isso nunca mais ocorra no futuro”, acrescentou.

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