Alexandre de Moraes escreveu 'corno' em vez de 'como' três vezes em decisão desta quinta-feira
Erros de digitação levaram a construção por engano de trechos 'nomeado corno', 'apontado corno' e 'conhecido corno'
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que levou à operação da Polícia Federal desta quinta-feira (8) tem a palavra "corno" escrita três vezes, por engano, em vez de "como". A confusão levou à construção de trechos como "nomeado corno", "apontado corno" e "conhecido corno". O R7 entrou em contato com a Corte e aguarda retorno.
As partes com o termo na decisão de Moraes foram reproduzidas de uma peça da PGR (Procuradoria-Geral da República). Os erros, no entanto, não estão no material original da PGR, apenas no documento assinado pelo ministro. A decisão de Moraes apresenta a escrita correta de "como" em outros momentos.
Veja os trechos da decisão de Moraes
Confira as imagens dos trechos na peça da PGR
Entenda
O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos da operação da Polícia Federal realizada na manhã desta quinta-feira (8) em nove estados e no Distrito Federal para apurar a participação de pessoas na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito. O objetivo era obter vantagem política com a manutenção do ex-chefe do Executivo no poder. Foi determinada a apreensão do passaporte do ex-presidente, e os agentes aplicaram outras medidas restritivas a ele.
Entre os alvos, além de Bolsonaro, estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa). A PF prendeu o ex-assessor para assuntos internacionais da Presidência da República Filipe Martins e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República Marcelo Câmara.
Ao todo, os agentes cumprem 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.