Escritório do X no Brasil diz ao STF que não tem como garantir cumprimento de ordens judiciais
Advogados afirmam que representação da rede social no país não têm capacidade para interferir na administração da plataforma
Os advogados do escritório no Brasil do X (antigo Twitter) disseram ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes nesta terça-feira (9) que a representação da rede social no país não tem como garantir o cumprimento de ordens judiciais.
Os advogados alegam “limites jurídicos, técnicos e físicos” do escritório no Brasil e afirmam que o escritório não tem “capacidade alguma para interferir na administração e operação da plataforma”.
“Deve-se pontuar limites jurídicos, técnicos e físicos do X BRASIL e, notadamente de seu representante legal. Eles não detêm capacidade alguma para interferir na administração e operação da plataforma, tampouco autoridade para a tomada de decisões relativas ao cumprimento de ordens judiciais nesse sentido. Há impossibilidade física para tanto”, afirmam os advogados.
“Esta prerrogativa é exclusiva das operadoras do X, que são as provedoras e operadoras da plataforma e que, portanto, detêm a responsabilidade integral pela sua gestão operacional ou decisória. Estas explicações são simplesmente fáticas e não jurídicas”, acrescentou a defesa do escritório do X no Brasil.
Ainda segundo os advogados, “o poder decisório e a responsabilidade pelo cumprimento de ordens judiciais, quer preexistentes, quer futuras, recai exclusivamente sobre as operadoras do X, não englobando o X BRASIL”.
De acordo com a defesa, “as operadoras do X são as exclusivas responsáveis pela tomada de qualquer decisão sobre os ofícios, ordens e requisições que venham a ser encaminhadas pela X BRASIL”.
“O objeto de atividade da X BRASIL é completamente distinto das operadoras X. No que se refere a ofícios, ordens e requisições de autoridades públicas e judiciárias endereçadas ao X BRASIL que dizem respeito às ações das operadoras X, sua atuação é restrita à imediata comunicação e reencaminhamento às operadoras do X”, dizem os advogados.