Escritório emergencial vai unificar inteligências e operações contra o crime organizado no RJ
Estrutura temporária vai integrar forças federais e estaduais e acelerar ações contra o crime organizado no estado
Brasília|Do R7, em Brasília
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado criado no Rio de Janeiro funcionará como um centro de comando e decisão rápida, reunindo forças federais e estaduais de segurança pública em um mesmo espaço.
A medida foi anunciada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e pelo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), um dia após a megaoperação policial no estado nos complexos da Penha e do Alemão que resultou na morte de ao menos 119 pessoas.
Leia mais
Na prática, o órgão atuará como um fórum permanente de articulação, em que representantes das principais instituições de segurança — Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal — poderão trocar informações em tempo real, definir estratégias conjuntas e executar ações integradas.
A ideia é permitir respostas imediatas em situações de emergência e acelerar o cumprimento do plano de retomada de territórios dominados por facções e milícias.
Fusão de estruturas
A coordenação será compartilhada entre o governo federal e o governo estadual. O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, ficará responsável pela articulação das forças fluminenses, enquanto o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, comandará a integração das forças federais.
O escritório foi concebido como uma medida temporária e emergencial, sem criação de novas estruturas administrativas. Ele unirá, de forma integrada, as atividades de dois órgãos já existentes — o CIFRA (Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos) e a FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) —, que passarão a atuar de maneira coordenada e intensificada.
O CIFRA concentrará esforços na descapitalização das organizações criminosas, por meio de investigações financeiras, recuperação de ativos e combate à lavagem de dinheiro.
A FICCO reforçará as ações conjuntas entre órgãos federais e estaduais contra o tráfico de armas e drogas, além de outros crimes de alta complexidade.
Medidas imediatas
Durante o anúncio, Lewandowski informou que o governo federal colocou à disposição vagas em presídios federais para a transferência de lideranças criminosas e reforçará o efetivo da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Até o fim do ano, o efetivo da PRF no estado será ampliado em 50% — um acréscimo de 350 agentes.
O ministro também destacou que a Polícia Federal intensificará as ações de inteligência voltadas para a asfixia financeira das facções, com uso de bancos de dados de DNA, balística e outros sistemas de perícia.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
