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'Especulação', diz Bolsonaro sobre ter pedido ajuda a Biden para se reeleger

Informação havia sido publicada por uma agência de notícias após a visita do presidente Bolsonaro aos Estados Unidos

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Os presidentes Joe Biden (Estados Unidos) e Jair Bolsonaro (Brasil)
Os presidentes Joe Biden (Estados Unidos) e Jair Bolsonaro (Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro chamou, nesta segunda-feira (13), de "especulação" a informação de que teria pedido ajuda ao líder dos Estados Unidos, Joe Biden, em sua candidatura à reeleição neste ano.

"Não existe isso aí. Teve uma reunião, que chama de bilateral ampliada, no total [com] umas 20 pessoas presentes. Foram 30 minutos de conversa. E depois eu pedi uma reservada com o Joe Biden. Daí, nessa reservada, tinha eu, o ministro Carlos França [Relações Exteriores], nosso embaixador. Do lado do Biden, tinha o embaixador dele e uma intérprete", afirmou, em entrevista à CBN Recife.

"O que nós tratamos ali é reservado. Cada um pode falar o que bem entender. Agora, não cita a fonte, segundo 'tal pessoa'. O que eu conversei com o Biden não sai de mim e não sai do França. Assim como o que eu conversei com o [Vladimir] Putin, em fevereiro deste ano, quando fui lá tratar, entre outras coisas, de fertilizantes, fica entre nós. É especulação", completou.

No sábado (11), a agência de notícias americana Bloomberg informou que Bolsonaro pediu ajuda a Biden em sua candidatura à reeleição para vencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais.


O pedido ocorreu, segundo a agência, durante a reunião que ambos tiveram à margem da Cúpula das Américas, realizada na última semana em Los Angeles, nos Estados Unidos. No encontro, Bolsonaro teria pedido a ajuda e Biden teria mudado de assunto, de acordo com uma fonte.

Encontro com Joe Biden

Os líderes americano e brasileiro encontraram-se na última quinta-feira (9). Durante o primeiro encontro entre os presidentes desde que o democrata assumiu a Casa Branca, em janeiro do ano passado, foram discutidos temas como preservação do meio ambiente e defesa do regime democrático.


O chefe do Executivo brasileiro voltou a levantar suspeitas sobre o pleito no Brasil e disse que deixará a Presidência da República "de forma democrática" em eventual derrota nas eleições deste ano. Na conversa, Bolsonaro afirmou ao presidente dos Estados Unidos que o Brasil sente ameaçada sua soberania sobre a Amazônia. O líder garantiu ainda ao americano que o governo faz o possível para preservar a floresta e não desrespeita a legislação ambiental do país.

Eleições

Bolsonaro voltou a criticar o ministro Edson Fachin, que comanda o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que o magistrado é petista e que deve favores a Lula, além de ter levantado suspeitas sobre o processo eleitoral.


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"Onde está o Fachin agora? É o presidente do TSE. Eu tenho que acreditar nele? Ele é petista, é um lulista. Ele deve favores ao Lula. Ele botou o Lula em liberdade", disse, em referência a uma decisão tomada pelo ministro, em março de 2021, que anulou condenações do ex-presidente.

Na entrevista, Bolsonaro afirmou, sem apresentar provas, que houve fraude no último pleito eleitoral e que hackers interferiram na votação do primeiro turno. Depois, disse que o mandante não realizou o pagamento e, por isso, os suspeitos não acataram o sistema no segundo turno, em que ele derrotou Fernando Haddad (PT).

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