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‘Estados Unidos me procuraram’, diz Tagliaferro sobre envio de documentos contra Moraes

Ex-assessor de Moraes participou de oitiva na CCJ da Câmara no processo que pode cassar mandato de Carla Zambelli

Brasília|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes, afirma ter sido procurado pelos Estados Unidos para enviar provas de fraudes no TSE.
  • Tagliaferro depôs na CCJ da Câmara durante o processo que pode cassar o mandato de Carla Zambelli.
  • Ele acusa Moraes de adulterar documentos para justificar operações da Polícia Federal, apresentando provas de manipulação de datas.
  • Moraes defende a regularidade dos procedimentos de investigação e Zambelli participa da oitiva por videoconferência enquanto está presa na Itália.

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Tagliaferro está na Itália e participou de oitiva na Câmara dos Deputados Bruno Spada/Câmara dos Deputados - 17/09/2025

Ex-assessor do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro afirmou nesta quarta-feira (17) que foi procurado pelos Estados Unidos para que enviasse provas que comprovariam supostas fraudes praticadas pelo gabinete do ministro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) à época que Moraes foi presidente do tribunal.

Tagliaferro fez a declaração na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara, durante as oitivas do processo que pode cassar o mandato da deputada federal Carla Zambelli.


“Os Estados Unidos me procuraram para eu poder levar o material, mas eu não tenho lado político. Eu nunca fui uma pessoa envolvida com política”, afirmou Tagliaferro.

Leia mais

Tagliaferro foi chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no TSE no período em que Moraes comandou a corte eleitoral.


O ex-assessor de Moraes está na Itália e é investigado por vazar mensagens trocadas por servidores do gabinete do ministro.

Durante o depoimento desta quarta, Tagliaferro afirmou que é perseguido por Moraes e que não vai se calar enquanto estiver vivo.


Veja as acusações de Tagliaferro contra Moraes

Tagliaferro acusa o ministro do STF de adulterar documentos para justificar operações da Polícia Federal. Durante uma sessão do Senado, o ex-assessor apresentou documentos que, segundo sua versão, comprovariam irregularidades.

Ele citou especificamente uma petição com data supostamente manipulada. O perito relatou que foi orientado a elaborar um documento após a realização de uma ação policial, mas a data teria sido retroativamente alterada para dar a impressão de que o material técnico havia sido produzido antes, servindo assim de respaldo jurídico para a operação.


Metadados apresentados por Tagliaferro mostram que o documento teria sido criado no dia 28 de agosto de 2022, às 10h33. O texto foi incluído no processo de investigação com outra data: 22 de agosto.

Em nota divulgada por sua assessoria, o ministro Alexandre de Moraes disse que todos os procedimentos de investigação foram realizados de forma regular. Além disso, o ministro afirma que a assessoria do TSE foi acionada para recolher dados e que estes foram repassados às autoridades competentes.

Oitivas começaram na semana passada

Zambelli está presa na Itália, onde aguarda o julgamento de pedido de extradição para o Brasil. Ela participou da oitiva desta quarta por videoconferência e fez perguntas ao ex-assessor de Moraes.

Na última quarta-feira (10), a CCJ começou a ouvir as testemunhas indicadas pela defesa da deputada licenciada.

O hacker Walter Delgatti foi o primeiro a depor. Ele reafirmou que Carla Zambelli o orientou a invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Perguntas e Respostas

O que Eduardo Tagliaferro afirmou sobre o contato dos Estados Unidos?

Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, declarou que foi procurado pelos Estados Unidos para enviar provas de supostas fraudes cometidas pelo gabinete de Moraes no TSE, quando ele era presidente do tribunal.

Onde Tagliaferro fez essa declaração?

A declaração foi feita durante uma oitiva na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, no contexto de um processo que pode levar à cassação do mandato da deputada federal Carla Zambelli.

Qual foi a posição de Tagliaferro em relação à política?

Tagliaferro afirmou que não tem lado político e que nunca esteve envolvido com política, apesar de ter sido chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no TSE durante a gestão de Moraes.

Qual é a situação atual de Tagliaferro?

Atualmente, Tagliaferro está na Itália e é investigado por vazar mensagens trocadas entre servidores do gabinete de Moraes.

O que Tagliaferro disse sobre sua relação com Moraes?

Ele alegou que está sendo perseguido por Moraes e que não se calará enquanto estiver vivo.

Quais acusações Tagliaferro fez contra Moraes?

Tagliaferro acusou Moraes de adulterar documentos para justificar operações da Polícia Federal, apresentando uma petição que, segundo ele, tinha a data manipulada. Ele afirmou que um perito foi orientado a elaborar um documento após uma ação policial, mas que a data foi retroativamente alterada.

Que evidências Tagliaferro apresentou?

Ele mostrou metadados que indicam que um documento foi criado em 28 de agosto de 2022, mas foi incluído no processo com a data de 22 de agosto.

Qual foi a resposta de Moraes às acusações?

Em nota, Moraes afirmou que todos os procedimentos de investigação foram realizados de forma regular e que a assessoria do TSE foi acionada para coletar dados, que foram repassados às autoridades competentes.

Qual é a situação de Carla Zambelli?

Carla Zambelli está presa na Itália, aguardando o julgamento de um pedido de extradição para o Brasil. Ela participou da oitiva por videoconferência e fez perguntas a Tagliaferro.

Quem foi a primeira testemunha a depor na CCJ?

O hacker Walter Delgatti foi a primeira testemunha a depor e reafirmou que Zambelli o orientou a invadir o sistema do CNJ e inserir um falso mandado de prisão contra Moraes.

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