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R7 Brasília

Ex-chefe da PRF preso, Silvinei Vasques presta depoimento à Polícia Federal; veja vídeo

Depois da oitiva, ele será encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda

Brasília|Do R7


Vasques chegou por volta das 14h
Vasques chegou por volta das 14h

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques chegou à Polícia Federal (PF) por volta das 14h desta quinta-feira (10) para prestar depoimento sobre o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral do ano passado. Depois da oitiva, ele será encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Segundo as investigações, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito dos eleitores. Os crimes teriam sido planejados desde o início de outubro do ano passado. Mensagens obtidas pela polícia mostram que Silvinei teria ordenado um "policiamento direcionado” de eleitores do presidente Lula.

Ainda de acordo com a PF, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade desses a determinado partido ou candidato que estão listados no Código Eleitoral brasileiro.

Delação premiada

A Polícia Federal deve oferecer a celebração de um acordo de delação premiada ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal na gestão de Jair Bolsonaro (PL) Silvinei Vasques. A informação foi confirmada pelo R7.


A defesa de Vasques afirmou ao R7 que “delação premiada é para bandido”. “Delação premiada é para bandido. Silvinei é cidadão de bem e atuou sempre observando os princípios da legalidade e da moralidade”, disse o advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão.

Empresa com movimentos atípicos

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de inteligência financeira do Banco Central, mostra movimentações atípicas por parte da empresa Combat Armor Defense do Brasil, responsável pela venda de veículos blindados à Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante a gestão do ex-diretor-geral Silvinei Vasques. O documento apresenta créditos na casa de R$ 28 milhões em dois anos, quando o capital da empresa era de R$ 1 milhão.

“A movimentação financeira da empresa é incompatível com o faturamento”, diz o relatório. O período avaliado é de abril de 2021 ao início deste ano. O Coaf vê inconsistência na forma como o dinheiro entrava e saía das contas da empresa. Assim que os valores entravam, em um curto período de tempo já eram retirados e transferidos para outras contas vinculadas à companhia. Também eram realizados saques em espécie. A suspeita é que essa era uma estratégia para evitar a comunicação das movimentações às autoridades.

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