Ex-chefe do GSI, general Augusto Heleno nega participação nos atos de 8 de janeiro
Na Câmara Legislativa do DF, general afirmou que narrativas sobre suposta participação do órgão nos atos são 'fantasiosas'
Brasília|Fabíola Souza, do R7, em Brasília
O general Augusto Heleno foi ouvido nesta quinta-feira (1º) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). O general negou participação nos atos extremistas de 8 de janeiro, foco da investigação da comissão, e disse que as narrativas sobre a participação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) nos atos são "fantasiosas."
Heleno afirmou que o GSI "não teria tempo de se envolver em golpe" e "jamais chamaria um subordinado meu para participar de uma reunião sobre golpe." O general foi ministro-chefe do (GSI) até o fim da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
Ainda segundo o militar, no dia 31 de dezembro de 2022 , todos os servidores indicados por ele foram exonerados. "Deixei o General Gonçalves Dias trazer quem ele quisesse e providenciei a exoneração para aqueles que eu tinha levado. No dia 31 de dezembro não estava mais lá", declarou.
Acampamento
O general também declarou que nunca esteve pessoalmente no acampamento montado em frente ao quartel do Exército, em Brasília. " Mas acredito, pelo o que se escuta, que o acampamento era um local sadio, onde se fazia orações, se reuniam para conversar assuntos políticos, mas eu não sei como era a organização do acampamento", afirmou.
Heleno também classificou o movimento como uma manifestação "ordeira e disciplinada."Eu acho que o acampamento foi uma atividade que durou muito tempo e sem nenhum acontecimento de maiores consequências ruins e foi uma experiência nova em termo de manifestação política."