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Trama golpista: ex-comandante da Marinha diz em audiência de custódia que foi preso em academia

Almir Garnier foi condenado a 24 anos de prisão e vai cumprir pena na Estação Rádio da Marinha, em Brasília

Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, foi preso por envolvimento em um plano de golpe de Estado.
  • Condenado a 24 anos de prisão, cumprirá pena na Estação Rádio da Marinha em Brasília.
  • Durante audiência, afirmou não ter sofrido abusos durante a prisão e passou por exame de corpo de delito.
  • Além da pena, deverá pagar R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos e poderá perder seu posto e patente.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Garnier recebeu pena de 24 anos de prisão Ton Molina/STF - 10/06/2025

O ex-comandante da Marinha Almir Garnier, condenado a 24 anos de reclusão pela trama golpista, disse em audiência de custódia que estava em uma academia de ginástica quando foi abordado pelos agentes que cumpriram o mandado de prisão expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Garnier foi preso na terça-feira (25) para começar a cumprir a pena por participação em um plano de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. O almirante ficará detido na Estação Rádio da Marinha, em Brasília (DF).


Durante a audiência de custódia, realizada na quarta-feira (26), Garnier declarou não ter sofrido qualquer abuso ou irregularidade por parte dos policiais responsáveis pela prisão e confirmou ter passado por exame de corpo de delito.

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Condenação a 24 anos em regime fechado

Garnier foi condenado pelo STF a 24 anos de prisão — sendo 21 anos e 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção — em regime inicial fechado. O Supremo determinou ainda o pagamento de 100 dias-multa, calculados com base no salário mínimo vigente à época dos fatos.


O ex-comandante da Marinha também foi condenado, solidariamente com os demais envolvidos, ao pagamento de indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, valor imposto a todos os participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Após o trânsito em julgado do processo, o STM (Superior Tribunal Militar) deve avaliar a perda do posto e da patente do almirante, conforme a Constituição.


Crimes imputados ao ex-comandante

Garnier foi condenado por cinco crimes:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado, com violência, grave ameaça e prejuízo ao patrimônio da União
  • Deterioração de patrimônio tombado

A condenação levou em conta sua participação ativa no núcleo central do plano golpista, sua adesão ao movimento e sua disposição em colocar tropas da Marinha à disposição de Bolsonaro após o segundo turno das eleições de 2022.


De acordo com o STF, Garnier foi o único dos três comandantes das Forças Armadas a aderir ao plano de golpe de Estado. A Corte destacou que ele participou de reuniões estratégicas, validou medidas de exceção e se colocou pronto para executar ordens que permitissem a deposição do governo democraticamente eleito.

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