Trama golpista: ex-comandante da Marinha diz em audiência de custódia que foi preso em academia
Almir Garnier foi condenado a 24 anos de prisão e vai cumprir pena na Estação Rádio da Marinha, em Brasília
Brasília|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília
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O ex-comandante da Marinha Almir Garnier, condenado a 24 anos de reclusão pela trama golpista, disse em audiência de custódia que estava em uma academia de ginástica quando foi abordado pelos agentes que cumpriram o mandado de prisão expedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Garnier foi preso na terça-feira (25) para começar a cumprir a pena por participação em um plano de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. O almirante ficará detido na Estação Rádio da Marinha, em Brasília (DF).
Durante a audiência de custódia, realizada na quarta-feira (26), Garnier declarou não ter sofrido qualquer abuso ou irregularidade por parte dos policiais responsáveis pela prisão e confirmou ter passado por exame de corpo de delito.
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Condenação a 24 anos em regime fechado
Garnier foi condenado pelo STF a 24 anos de prisão — sendo 21 anos e 6 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção — em regime inicial fechado. O Supremo determinou ainda o pagamento de 100 dias-multa, calculados com base no salário mínimo vigente à época dos fatos.
O ex-comandante da Marinha também foi condenado, solidariamente com os demais envolvidos, ao pagamento de indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos, valor imposto a todos os participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Após o trânsito em julgado do processo, o STM (Superior Tribunal Militar) deve avaliar a perda do posto e da patente do almirante, conforme a Constituição.
Crimes imputados ao ex-comandante
Garnier foi condenado por cinco crimes:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Golpe de Estado
- Dano qualificado, com violência, grave ameaça e prejuízo ao patrimônio da União
- Deterioração de patrimônio tombado
A condenação levou em conta sua participação ativa no núcleo central do plano golpista, sua adesão ao movimento e sua disposição em colocar tropas da Marinha à disposição de Bolsonaro após o segundo turno das eleições de 2022.
De acordo com o STF, Garnier foi o único dos três comandantes das Forças Armadas a aderir ao plano de golpe de Estado. A Corte destacou que ele participou de reuniões estratégicas, validou medidas de exceção e se colocou pronto para executar ordens que permitissem a deposição do governo democraticamente eleito.
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