Morreu nesta sexta-feira (29) o ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, aos 73 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, em razão da Covid-19 e não resistiu às complicações da doença. Brindeiro ocupou o cargo de chefe do Ministério Público por oito anos durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na época, ele ficou conhecido como "engavetador-geral da República" em razão das diversas ações que não foram levadas adiante contra o presidente. Atualmente ele era subprocurador. Brindeiro foi professor de direito civil e de direito constitucional na Universidade do Distrito Federal e na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB).
Em uma rede social, o presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), Ubiratan Cazetta, afirmou que o colega sempre prezou pelo diálogo e era conhecido pela sua personalidade cordial. "Colega de trato gentil e bastante leal, Geraldo Brindeiro foi, dentre outras coisas, responsável pela construção da sede atual da Procuradoria-Geral da República, além de ter promovido diversos concursos de ingresso na carreira, ampliando em muito a atuação do MP. Sempre soube respeitar o pensamento diverso, com abertura ao diálogo", escreveu.
O atual PGR, Augusto Aras, também se manifestou e lamentou a perda. “Perdemos um valoroso colega, um homem que devotou a vida ao Ministério Público. Geraldo Brindeiro foi um incansável defensor da independência funcional, a própria e a dos colegas”, disse. Aras decretou luto oficial de três dias no MPF (Ministério Público Federal).
