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Ex-secretário de Trump diz que ações dos EUA contra fake news afetaram eleições no Brasil

Acusação, sem provas concretas, afirma que recursos enviados ao Brasil para democracia prejudicaram Bolsonaro

Brasília|Do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Mike Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, afirma que investimentos americanos no Brasil impactaram as eleições.
  • A análise apresentada na Câmara sugere que recursos foram enviados para combater a desinformação durante o governo Bolsonaro.
  • Benz destaca que o governo dos EUA se comprometeu a fortalecer a democracia brasileira e combater fake news.
  • Não há evidências concretas de que esses investimentos tiveram um impacto direto nas eleições, segundo o acompanhamento eleitoral brasileiro.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Michael Benz, ex-funcionário de departamendo dos EUA, participou de audiência na Câmara Renato Araújo/Câmara dos Deputados - 06.08.2025

O ex-funcionário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Mike Benz afirmou, nesta quarta-feira (6), que o país fez investimentos contra a desinformação no Brasil que podem ter impactado as eleições.

A análise, sem provas concretas, foi apontada por Benz durante audiência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Ela tem como base o aumento de investimentos em projetos no Brasil durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP).


“O Departamento de Estado Americano e a USAID [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional] iriam proporcionar recursos, volume para capacitação, o que significa treinar, prover recursos, fortalecer como instrumento. Instrumentalizar por parte do governo americano”, disse.

O ex-secretário, que atuou no governo de Donald Trump, também considera que investimentos para campanhas em defesa à democracia e contra fake news podem ter interferido no desempenho de Bolsonaro.


“Desinformação durante eleições e mídias sociais são uma ameaça às instituições e os EUA vão apoiar as instituições democráticas brasileiras, ou seja, empregar recursos, fornecer capacitação, engajar, especificamente com relação a eleições com relação à desinformação”, relembrou Benz, ao interpretar um documento do ex-presidente Joe Biden.

Sem impactos diretos na eleição

Em fevereiro deste ano, o empresário sul-africano Elon Musk afirmou que os Estados Unidos financiaram a eleição de 2022, que resultou na vitória do presidente de Lula.


O comentário foi uma resposta a uma publicação do senador republicano Mike Lee, que perguntou se a população americana ficaria incomodada caso o dinheiro norte-americano tivesse contribuído para a derrota de Bolsonaro. “Bem, o ‘deep state’ [em tradução, o Estado secreto] dos EUA de fato fez isso”, respondeu o aliado de Donald Trump.

A declaração não tem indicações de impactos diretos segundo acompanhamento eleitoral brasileiro. A relação a fake news também pode não ter o impacto sinalizado por Benz, durante eleições de 2022, não haver nenhuma lei que alcançasse diretamente a situação.


No pleito nacional passado, por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), plataformas eram obrigadas a retirar conteúdos com informações falsas ou que usassem a desinformação contra outros candidatos. As regras, contudo, eram aplicadas pelas próprias redes sociais.

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