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Exército muda estrutura e afasta Batalhão dos ‘kids pretos’ do Comando de Operações Especiais

Em nota enviada ao R7, o Centro de Comunicação Social do Exército afirmou que a realocação do batalhão

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Exército Brasileiro realocou o 1º Batalhão de Operações Psicológicas de Goiânia para Brasília.
  • A mudança faz parte de um processo de reestruturação das capacidades de Operações Especiais iniciado em 2024.
  • Transferência ocorre após envolvimento de militares em tentativa de golpe de Estado investigada pelo STF.
  • Suspeitas sobre o uso de operações psicológicas para incitar manifestações levantam questões sobre supervisão militar.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Mudança ocorre após o envolvimento de integrantes do COpEsp na tentativa de golpe de Estado
Mudança ocorre após o envolvimento de integrantes do COpEsp na tentativa de golpe de Estado Tomaz Silva/Agência Brasil - Arquivo

O Exército Brasileiro alterou sua estrutura organizacional e transferiu o 1º Batalhão de Operações Psicológicas, até então sob o Comando de Operações Especiais (COpEsp), em Goiânia, para o Comando Militar do Planalto, com sede em Brasília. Em nota enviada ao R7, o Centro de Comunicação Social do Exército afirmou que a realocação do batalhão já estava em estudo desde o fim de 2024, como parte de um processo mais amplo de reestruturação das capacidades de Operações Especiais.

“Desde 2016, já havia uma intenção de transferir o 1º Batalhão de Operações Psicológicas de Goiânia para Brasília. No final de 2024, foi iniciado um estudo da reestruturação das capacidades de Operações Especiais. Dentre as diversas ações previstas, encontra-se a realocação do 1º B Op Psic para Brasília, com o objetivo de que a atividade esteja diretamente subordinada ao Comando Militar do Planalto”, diz o comunicado.


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A mudança ocorre após o envolvimento de integrantes do COpEsp na tentativa de golpe de Estado investigada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, ex-comandante do Batalhão de Operações Psicológicas, é um dos militares denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e teve conversas interceptadas nas quais sugere explorar a invasão de 8 de janeiro de 2023. “Dá pra fazer um trabalho bom nisso aí”, afirmou, em referência aos atos golpistas em Brasília.

Outro nome apontado como central no uso das operações psicológicas durante a articulação golpista foi o coronel da reserva Reginaldo Vieira. Considerado um dos mais influentes defensores da doutrina de guerra psicológica no Exército, ele passou mais de duas décadas dedicando-se à implementação dessa linha de atuação, que visa influenciar atitudes, emoções e comportamentos de grupos sociais.


Segundo a própria definição do Exército, o batalhão de Operações Psicológicas atua para “influir nas emoções, nas atitudes e nas opiniões de um grupo social, com a finalidade de obter comportamentos predeterminados”. Embora a atividade tenha sido usada em contextos legítimos, como a missão de paz no Haiti e a intervenção federal no Rio de Janeiro, a suspeita de seu uso para incitar manifestantes e promover o caos durante a transição de governo em 2022 levanta questionamentos sobre o controle e a supervisão da tropa durante os meses que antecederam os ataques em Brasília.

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