Faria nega briga com Marinho sobre disputa ao Senado pelo RN
Ministros das Comunicações e do Desenvolvimento Regional, que buscam apoio de Jair Bolsonaro, falaram sobre eleições de outubro
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
Em cerimônia realizada em Jardim de Piranhas, no Rio Grande do Norte, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, negou que haja briga com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Os titulares travam uma disputa sobre quem será o candidato ao Senado pelo estado que contará com o apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Faria chamou Marinho, que estava no palco, para perto do púlpito onde discursava. O ministro das Comunicações afirmou que "quem achou que ia ter briga entre nós vai quebrar a cara porque, entre eu e Rogério, e em nome do projeto de estado, só vai sair um [para a disputa], porque a nossa missão é tirar essa governadora mentirosa que está aqui [em referência a Fátima Bezerra, do PT]".
O ministro das Comunicações informou que se reunirá com Marinho nos próximos dias para "se entenderem". Durante seu discurso na cerimônia, houve gritos da plateia de "Rogério [ministro do Desenvolvimento Regional] senador".
As declarações ocorreram em cerimônia pela chegada das águas do rio São Francisco no Rio Grande do Norte. Faria e Marinho avaliam se candidatar ao Senado pelo estado. Ambos já conversaram com Bolsonaro sobre o assunto e tentam chegar a um acordo sobre quem será o o postulante bolsonarista ao cargo, mas ainda não há consenso.
Marinho respondeu o ministro durante sua fala. "Fábio faz um extraordinário trabalho. Ele vai mudar a história desse país com sua ação que vai permitir que o Brasil adentre numa era de conectividade, de modernidade, uma época em que o país vai dar um salto de qualidade na prestação de seus serviços", afirmou.
"Mas ele mostra, sobretudo, maturidade política, a consciência de que há um projeto maior, mais importante, que é o projeto das mudanças que ocorrem no Brasil desde 1º de janeiro de 2019. É o que nos une, é a nossa argamassa, é o nosso cimento, é o nosso elo, é a nossa perspectiva, é o nosso foco", complementou.
Os ministros que pretendem ser candidatos no pleito de outubro devem se desincompatibilizar de seus cargos públicos até 1º de abril, como determina a regra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Recentemente, o chefe do Executivo afirmou que 11 atuais ministros disputarão as eleições e que 31 de março será o "grande dia, um pacotão". Na ocasião, o mandatário destacou que haverá ministérios-tampão.