Brasília Fila de espera para cirurgia cardíaca no DF reduz de 374 para 20 pessoas em três meses

Fila de espera para cirurgia cardíaca no DF reduz de 374 para 20 pessoas em três meses

Secretaria de Saúde disse que redução ocorreu após rede pública firmar parceria com o Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF

  • Brasília | Do R7, em Brasília

Descentralização das cirurgias ajudou a reduzir fila

Descentralização das cirurgias ajudou a reduzir fila

Illa Balzi/Agência Saúde-DF - 22.08.23

A lista de espera para cirurgias cardíacas na rede pública de saúde do Distrito Federal reduziu de 374 para 20 pessoas nos últimos três meses. De acordo com a Secretaria de Saúde, a redução ocorreu após a pasta firmar uma parceria com o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF).

Para a colaboradora em Cardiologia da Secretaria de Saúde, Edna Marques Maria, o aumento da quantidade de cirurgias se deve ao Projeto Sprint, um aplicativo que conecta as equipes de emergência às de plantão de cardiologia, e à descentralização do atendimento no DF.

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"Vimos uma melhoria significativa na rede de atendimento aos casos de infarto. Anteriormente, apenas três hospitais tratavam pacientes com infarto, agora todos os hospitais e UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] estão capacitados", afirma.

Nesse fluxo, os especialistas em cardiologia auxiliam no diagnóstico, orientando até mesmo a realização de trombólise (procedimento que utiliza medicação para dissolver um coágulo) no local do atendimento inicial, indicando procedimentos e se preparando para receber o paciente, caso a transferência seja necessária.

Um dos beneficiados pelo sistema foi Antônio Francisco do Nascimento, de 66 anos. Ele fez uma cirurgia de duas pontes de safena no ICTDF e está em recuperação. "Vou ter que mudar de rotina para melhorar e ficar mais atento. Qualquer dor no peito, é bom procurar o hospital. Eu tive muita sorte de ter um atendimento rápido, pois já estava infartado quando recebi os primeiros cuidados", conta.

Taxa de mortalidade de 4,74%

Diversos problemas cardiovasculares podem ser identificados em estágios iniciais por exames como eletrocardiogramas, testes de estresse durante exercícios, radiografias e coleta de sangue.

Em 2022, a taxa de mortalidade no DF foi de 4,74% para pacientes internados após um ataque cardíaco, em comparação com a média nacional de 9%, de acordo com dados do Departamento de Informação e Informática do SUS (Datasus) do Ministério da Saúde.

Atualmente, a rede realiza, por mês, 100 operações na área, com um total de 2.304 procedimentos feitos em 2022 e 1.134 neste ano.

RecadastraSUS-DF

Outros fatores que impactaram na melhora na dinâmica de realização das cirurgias são as iniciativas de atualização dos dados de usuários, como o RecadastraSUS-DF. É possível atualizar as informações e facilitar o chamamento pelo telefone 160 (opção 5), pelo autocadastro on-line ou pessoalmente, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Para a atualização, o cidadão deve apresentar comprovante de residência, ou, caso não tenha, uma declaração escrita a mão informando o endereço de moradia; número do telefone e do WhatsApp; CPF ou cartão do SUS; e documento de identidade (RG) ou certidão de nascimento. No momento, também são coletadas informações sobre os dados pessoais e sociodemográficos, assim como sobre a situação de moradia e de saúde.

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