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Fim da desoneração vai aumentar preços de serviços de tecnologia, afirmam entidades

Em nota, representantes do setor digital afirmam que veto representa retrocesso; expectativa é de derrubada pelo Congresso

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Serviços digitais podem ter alta de preço
Serviços digitais podem ter alta de preço Serviços digitais podem ter alta de preço

Representantes do setor de serviços digitais, internet e tecnologia da informação emitiram uma nota conjunta nesta sexta-feira (24) em que afirmam que o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prorrogação da desoneração da folha de pagamento pode levar a um aumento nos preços dos serviços. No texto, as entidades classificam a decisão como uma "insensibilidade social" e afirmam "profunda preocupação com os possíveis impactos" do fim da política.

"O fim da política tem um potencial enorme de perda para o país, visto que a desoneração da folha representou não apenas uma política tributária mais favorável, mas também uma estratégia para formalização da mão de obra, atração de investimentos e impulsionamento das empresas brasileiras de tecnologia no cenário internacional", diz a nota.

"Além disso, o fim da política da desoneração ensejará na elevação dos preços dos serviços de TI, reduzindo o acesso e consumo de tecnologia, com consequente perda de competitividade das empresas brasileiras em todos os setores", completa.

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A nota é assinada pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), Associação Brasileira de Internet (ABRANET), Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (BRASSCOM), Federação das Associações das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (ASSESPRO) e Federação Nacional das Empresas de Informática (FENAINFO).

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Perda de 1 milhão de empregos

Com a decisão de Lula, a desoneração da folha pode terminar em 31 de dezembro deste ano, com risco de perda de 1 milhão de empregos, alegam entidades representativas dos setores econômicos impactados. Parlamentares ouvidos pelo R7 afirmam que a tendência é derrubar a decisão de Lula ainda em dezembro, já que a proposta foi aprovada por ampla maioria na Câmara e no Senado.

Na Câmara, o texto passou com 430 votos a favor e 17 contrários. No Senado, a votação foi simbólica — quando os senadores não registram o voto nominalmente. Para derrubar um veto, é necessário o apoio da maioria absoluta dos parlamentares, ou seja, pelo menos 257 votos de deputados e 41 de senadores.

O veto à prorrogação da desoneração foi recomendado pelo Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, por meio de notas técnicas. Pela medida, em vez de o empresário pagar 20% sobre a folha do funcionário, o tributo pode ser calculado com a aplicação de um percentual sobre a receita bruta da empresa, que varia de 1% a 4,5%, conforme o setor.

A contribuição é feita, mas adequada ao nível real da atividade produtiva do empreendimento. Em outras palavras, as empresas que faturam mais contribuem mais. Com isso, é possível contratar mais empregados sem gerar aumento de impostos.

O objetivo da desoneração é aliviar parcialmente a carga tributária. A medida está em vigor desde 2011, quando foi adotada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Inicialmente, 56 setores eram contemplados, mas o ex-presidente Michel Temer (MDB) sancionou, em 2018, uma lei que removeu 39 segmentos do regime. A medida valeria até 2021, mas foi prorrogada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2023.

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