Funcionários da Petrobras vão realizar uma greve na próxima quarta-feira (26) para reivindicar direitos trabalhistas. A mobilização é de advertência e está programada para durar 24 horas. A decisão de paralisar os trabalhadores foi aprovada por maioria pelos sindicatos filiados à FUP (Federação Única dos Petroleiros). A Petrobras disse que respeita o direito de manifestação dos empregados (leia a nota completa mais abaixo).Ao R7, a federação afirmou que a petrolífera foi devidamente informada sobre a paralisação dentro do prazo exigido por lei. Os servidores vão se mobilizar por um dia para estabelecer uma negociação bilateral, e os próximos passos devem depender da avaliação do movimento e de uma mudança na postura da empresa, segundo a instituição.A FUP indicou a realização da greve no último dia 12 após duas reuniões com a equipe da Petrobras. Foram discutidas questões como o novo plano de remuneração, mudanças no cronograma de teletrabalho e melhores condições trabalhistas para a categoria.Em conjunto com a Federação Nacional dos Petroleiros, foi elaborado um memorial que embasa a motivação da greve. No documento, as federações afirmam que a gestão da presidente Magda Chambriard promove “afrontas aos fóruns de negociação coletiva e o distanciamento do diálogo com os sindicatos”.A categoria reclama que a empresa alterou a dinâmica de home office, de dois dias presenciais para três, sem diálogo com os servidores. Além disso, houve uma queda de 31% do pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Segundo a FUP, os trabalhadores foram “ludibriados”, e apenas “um lado da mesa possuía os dados precisos da companhia”.Outra pauta da greve é a segurança e saúde de prestadores de serviço da Petrobras. A categoria pede pelo fim da escala 6x1 e melhor fiscalização de contratos para evitar abusos corporativos. Os petroleiros também pedem pela abertura de novos concursos públicos e a convocação de aprovados para suprir a falta de efetivos.A Petrobras foi notificada oficialmente pelas entidades sindicais sobre a paralisação agendada para o dia 26 de março.A empresa respeita o direito de manifestação dos empregados. A Petrobras tem mantido diálogo aberto com as entidades sindicais sobre os ajustes ao modelo híbrido de trabalho, que aumentará de dois para três dias na semana o período de trabalho presencial. A partir de 7 de abril de 2025, todos os empregados devem cumprir três dias de trabalho presencial na semana. Além disso, a companhia apresentou proposta às entidades sindicais de acordo específico de trabalho para pactuar esse ajuste pelo período de dois anos.Os ajustes mencionados visam atender os grandes desafios que a companhia tem pela frente, alinhados ao seu Plano Estratégico.A Petrobras esclarece, ainda, que já vem repondo seu efetivo de trabalhadores, tendo convocado mais de 1.900 novos empregados em 2024. A companhia também já anunciou publicamente que irá contratar 1.780 novos empregados ao longo de 2025, oriundos de concurso público de nível técnico. Por fim, convém destacar que a Petrobras possui um programa de remuneração variável que contempla, entre outros itens, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A Petrobras negociou com as entidades sindicais um acordo de PLR para o período 2024/2025, que será cumprido integralmente pela companhia.*Sob supervisão de Leonardo Meireles