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R7 Brasília

Fux rejeita pedido de advogado para garantir participação de Bolsonaro em ato em São Paulo

Profissional não faz parte da equipe de defesa; manifestação em apoio ao ex-presidente vai ser realizada neste domingo

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Fux é o novo relator do recurso de Bolsonaro Fellipe Sampaio/SCO/STF

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal ) Luiz Fux rejeitou nesta quinta-feira (22) o pedido de um advogado para garantir a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro no ato que será realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25). Por ser um profissional que não faz parte da equipe que defende o ex-presidente na Justiça, a defesa de Bolsonaro pediu mais cedo para o magistrado recusar o pedido.

A rejeição ocorreu no dia em que Bolsonaro prestou o sétimo depoimento à Polícia Federal. O ex-presidente não respondeu às perguntas dos policiais federais que investigam uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Os ex-ministros Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Walter Braga Netto (Defesa) e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também prestaram depoimento. As oitivas aconteceram de maneira simultânea, técnica utilizada para dificultar a troca de informações entre os investigados.

Depoimentos de Bolsonaro:

• O primeiro depoimento aconteceu pelas investigações sobre um suposto esquema de venda de joias e presentes da Presidência da República durante o governo de Bolsonaro. Na época, o ex-chefe do Executivo negou ter usado a estrutura pública para pegar os itens.


• No mesmo mês, Bolsonaro depôs sobre a sua suposta relação com os ataques do dia 8 de Janeiro. A PGR viu indícios de incitação pública à prática de crime por parte de Bolsonaro quando ele publicou um vídeo nas redes sociais, poucos dias após os atos, questionando o resultado das eleições presidenciais de 2022.

• Em maio, Bolsonaro foi perguntado sobre a fraude nos cartões de vacinação dele e da filha, Laura. Esse é o mesmo inquérito que prendeu o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid. O R7 apurou que o ex-chefe do Executivo afirmou aos agentes que não se vacinou contra a Covid-19 nem participou do esquema de fraude no cartão de vacinação no Ministério da Saúde.


• Bolsonaro também foi ouvido em julho de 2023, nas investigações que apuram uma suposta reunião golpista denunciada pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES). À PF, o parlamentar disse estar arrependido de ter envolvido o ex-presidente na história de um suposto plano de golpe de Estado.

• Em agosto e outubro do ano passado, Bolsonaro foi ouvido sobre a atuação de um grupo de empresários que defendia um golpe de Estado em mensagens trocadas pelo WhatsApp. No segundo depoimento, o ex-presidente ficou em silêncio e entregou suas considerações por escrito.

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