Gerente de banco preso é investigado por compra de Porsche com cheque sem fundo de R$ 120 mil
Segundo a tabela Fipe, veículo é vendido por R$ 162,4 mil; homem também é suspeito de fraude em escola de inglês
Brasília|Do R7, em Brasília
O gerente de banco preso em uma operação na quinta-feira (6) no Distrito Federal também está sendo investigado por fraude na tentativa de compra de um carro de luxo. O suspeito e o sócio dele teriam dado um cheque sem fundo no valor de R$ 120 mil durante negociações de um Porsche Cayenne S — versão vendida por R$ 162.445 (veja foto abaixo). O caso é investigado pela Polícia Civil. O R7 tenta contato com a defesa do gerente.
À polícia, o antigo proprietário do veículo contou que começou as tratativas da venda com o sócio do gerente em maio de 2022. Primeiro, o veículo seria vendido por R$ 110 mil, porém, por um atraso no pagamento, um novo compromisso foi firmado, dessa vez no valor de R$ 120 mil. Ele recebeu um cheque da empresa dos dois suspeitos, mas percebeu que estava sem fundo na hora do depósito.
Pouco tempo depois, a vítima recebeu um email que afirmava que a transferência havia sido concluída. O homem alega que não assinou o Documento Único de Transferência (DUT). Ele chegou a procurar o Detran, mas foi informado que não havia a pasta com os documentos digitalizados. O R7 procurou o Detran e aguarda resposta.
O veículo foi entregue aos suspeitos, mas foi devolvido pelo gerente em uma delegacia do Distrito Federal, onde o carro ficou apreendido.
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Essa não foi a primeira vez que o gerente aparece em inquéritos de golpes. Em 2017, o homem foi acusado de não pagar um curso de inglês no valor de R$ 3.960. Na época, o homem alegou que não teria condições financeiras para pagar.
Operação
Um gerente de banco do Distrito Federal foi preso na quinta-feira (6) sob a suspeita de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro de correntistas da instituição. A Polícia Civil do DF cumpriu, no total, 14 mandados de prisão e de busca e apreensão. Ele é responsável pela agência do Santander no Núcleo Bandeirante, região administrativa da capital do país.
Ao todo, a fraude teria movimentado R$ 8 milhões. O gerente, sozinho, teria desviado R$ 1,5 milhão. Os trabalhos da investigação, batizada de operação Gerência do Crime, começaram no início deste ano.
Em nota ao R7, o Santander informou que coopera com a polícia. "O Santander informa que percebeu rapidamente a movimentação incomum, o que permitiu à área de inteligência do banco atuar na operação em cooperação com a polícia. O Santander reforça que possui sistemas altamente eficazes para identificar eventuais desvios de conduta, para evitar, assim, qualquer prejuízo financeiro a seus clientes", escreveu o banco.