Brasília Governadores se reúnem com Haddad para cobrar perdas com impostos sobre combustíveis

Governadores se reúnem com Haddad para cobrar perdas com impostos sobre combustíveis

Ministro disse que medida que fixou alíquota do ICMS e reduziu preço dos combustíveis foi 'lambança' do governo anterior

  • Brasília | Hellen Leite, do R7, em Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)

Estadão Conteúdo / Fotoarena / Roberto Casimiro – 30/01/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne nesta terça-feira (7) com seis governadores para discutir a perda de arrecadação com a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis e outros serviços essenciais. Os governadores querem que o governo federal compense o rombo nos cofres dos estados, na ordem de R$ 38,6 bilhões.

Em entrevista nesta terça, Haddad disse que as medidas que fixaram a alíquota do imposto estadual e baixaram o preço dos combustíveis foram “lambança” do governo anterior.

Já os governadores alegam que as propostas não foram discutidas com os estados e que prejudicaram os orçamentos locais. No mês passado, em encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, os governadores afirmaram que a discussão sobre a reforma tributária, que é prioritária para o governo federal, não pode avançar sem a execução da compensação.

"A compensação aos estados está disciplinada na lei, que prevê que as perdas com a arrecadação do imposto seriam compensadas até o fim de 2022. O que nós queremos é essa implementação", comentou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

Em setembro do ano passado, o governo federal regulou a fórmula de compensação aos estados que perderem dinheiro por conta da redução das alíquotas do ICMS para a tributação de bens essenciais. A portaria do Ministério da Economia prevê que os impactos da redução do imposto devem ser apurados mensalmente e que a União deve compensar os estados quando a perda de arrecadação for acima de 5%.

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Temas que estão no Supremo Tribunal Federal (STF) também devem ser levados por governadores a Haddad, como as três ações que envolvem o Diferencial de Alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (Difal/ICMS).

O grupo técnico é liderado pelo governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT). Além dele, participam do encontro os chefes do Executivo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do Amazonas, Wilson Lima (União); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Maranhão, Carlos Brandão (PSB); e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

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