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Governo anuncia crédito, vacinação e ajuda para reconstrução na Bahia 

Em coletiva, ministros de Bolsonaro falaram em crédito via BNDES e reforço na vacinação contra gripe e hepatite A

Brasília|Luiz Calcagno, do R7 em Brasília e Adriana Perroni, da Record TV

Ruas continuam alagadas em Itajuípe, na Bahia
Ruas continuam alagadas em Itajuípe, na Bahia

O governo federal anunciou, na manhã desta terça-feira (28), uma série de medidas para recuperação de áreas destruídas pelas chuvas na Bahia. Entre elas estão linhas de crédito via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), vacinação contra gripe e hepatite A e ajuda para reconstrução de cidades da Bahia.

O estado sofre com enchentes, alagamentos e desabamentos. Ao todo, 470 mil pessoas foram afetadas pelos desastres provocados pelas tempestades. São 116 municípios atingidos, cerca de 100 cidades que decretaram situação de emergência, mais de 50 mil desalojados e pelo menos 20 mortos. Para o governador Rui Costa (PT), trata-se "do maior desastre natural da história da Bahia", que tem várias cidades submersas.

As medidas foram anunciadas em coletiva de imprensa com os ministros da Cidadania, João Roma, do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da Saúde, Marcelo Queiroga e da Mulher, Damares Alves, após sobrevoo às áreas atingidas. Bolsonaro segue em recesso no litoral de Santa Catarina.

O ministro da Cidadania, João Roma, anunciou que o presidente Jair Bolsonaro falou com o BNDES para ajudar na reconstrução das cidades. O Banco do Nordeste também vai prorrogar prazos de pagamento de financiamentos e lançar uma linha emergencial, junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional, com prazos de até 8 anos para pagamento.


A Bahia receberá parte dos R$ 200 milhões em crédito extraordinário anunciados pelo governo federal via medida provisória para reconstrução de rodovias danificadas pelas chuvas. A verba beneficiará a Bahia e mais quatro estados.São 116 municípios atingidos – cerca de cem cidades decretaram situação de emergência, várias estão submersas –, mais de 50 mil desalojados e pelo menos 20 mortos.

Socorro virá em etapas

De acordo com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o governo está atuando em três etapas. A primeira é acolher os desabrigados, a segunda, auxiliar na retomada dos serviços públicos interrompidos, como fornecimento de água e o serviço de limpeza urbana, e a terceira, a reestruturação das cidades, para que as pessoas possam voltar para casa depois que a água baixar.


“Nossa missão constitucional é apoiar o governo e o Estado da Bahia e acolher os desabrigados. Aqueles que estão fora das suas moradias em função da catástrofe. Propiciar alimentos, cobertores e, sobretudo, o conforto de que melhores dias virão”, afirmou Marinho. O ministro do Desenvolvimento Regional disse, também, que está em contato com prefeitos para que informem sobre danos em estradas vicinais às rodovias federais.

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O ministro da Cidadania, João Roma, por sua vez, disse que o governo federal ajudará na reconstrução de casas que caíram. Ele destacou que é importante que a população não retorne para as áreas de risco. Há recursos, também, para o acolhimento da população em escolas e galpões. “Na sequência, há sim linhas de crédito para reconstrução de casas em locais que não ofereçam riscos”, garantiu.


Rui Costa destacou que cada região atingida está em uma situação diferente e necessita de ajuda específica para aquela população. Nas cidades onde o nível da água já baixou, por exemplo, é preciso avaliar a possibilidade de as pessoas voltarem para suas casas.

O governador também reclamou do socorro financeiro destinado às estradas. Segundo ele, a MP que destina R$ 200 milhões para a reconstrução de rodovias federais é insuficiente. Isso porque do montante, o Nordeste receberá apenas R$ 80 milhões. “Faço um apelo para que aumentem o aporte”, disse.

Marinho respondeu que o valor é emergencial. O ministro destacou que o país enfrenta desastres causados por chuvas em sete estados e diversas regiões. Ele disse, ainda, que aguarda um diagnóstico geral e que será preciso mais tempo para definir o que é necessário.

Localização de desaparecidos

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disponibilizou o Disque 100 para registros de pedidos de socorro, localização de pessoas desaparecidas e violação de direitos.

Segundo ela, o número será “a porta de entrada da atuação do ministério na região”. A pasta também articulou um trabalho junto com a Polícia Rodoviária Federal para prevenir o desaparecimento de crianças. “Faremos operação de recuperação de documentos para que as pessoas que os perderam possam resgatar benefícios”, disse.

Já o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o ministério editou uma portaria no valor de R$ 12 milhões para a região que foi atingida pelas enchentes. A pasta disponibilizará 100 mil doses de vacina contra gripe, além de imunizantes contra hepatite A e soro para acidentes com animais peçonhentos.

Queiroga também disponibilizou médicos da Força Nacional para a Bahia e 90 médicos da atenção primária. O ministro destacou que “o SUS é tripartite” e se prontificou a atuar junto com a Secretaria Estadual de Saúde e as pastas municipais.

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